Cacau se estabiliza na ICE após avanço semanal; café e açúcar sobem

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau na ICE se estabilizaram nesta segunda-feira, depois de terem subido 5% na semana passada, já que os especuladores realizaram lucros em meio às previsões de chuvas na África Ocidental, enquanto o café e o açúcar subiram.

CACAU

* O cacau em Londres perdeu 0,3%, fechando a 6.626 libras por tonelada métrica.

* O cacau de Nova York teve pouca alteração, a US$ 9.456 por tonelada.

* Os especuladores de cacau de Nova York reduziram sua posição líquida comprada em 2.303 contratos na semana até 3 de junho, enquanto os especuladores de cacau de Londres reduziram a sua em 4.066 lotes.

* Os negociantes observaram que os compradores da posição comprada especulativa eram, em sua maioria, participantes fundamentais, e disseram que ainda tinham mais para comprar, já que tinham apenas seis meses de cobertura de preço.

* Chuvas são esperadas na África Ocidental nesta semana, mas os negociantes dizem que o crescimento da safra será limitado devido ao solo seco.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto ganhou 1,1%, para 16,67 centavos de dólar por libra-peso, depois de cair na sexta-feira para uma mínima de quatro anos.

* Uma monção antecipada e acima da média impulsionou as perspectivas para as safras na Índia e na Tailândia, enquanto o Brasil deve ter acelerado sua colheita de cana-de-açúcar após um período recente de chuvas reduzidas.

* Os negociantes observaram que a pressão sobre os preços vem também do hedge tardio feito pelas usinas tailandesas.

* O açúcar branco subiu 1,5%, para US$472,40 a tonelada.

CAFÉ

* O café robusta fechou em alta de US$112, ou 2,6%, a US$4.451 a tonelada, depois de atingir a menor cotação em nove meses e meio na semana passada.

* O café arábica avançou 1,1%, para US$3,594 por libra-peso.

* A recente recuperação do mercado foi apoiada por uma grande retirada dos estoques de arábica da ICE, mas o café continua sob pressão geral da ampla colheita de robusta no Brasil e no Vietnã.

* "Se nos concentrarmos apenas no Brasil, a contínua retirada -- 95.000 sacas em apenas uma semana -- potencialmente leva a um esgotamento total, se o ritmo se mantiver. Isso representa um desafio significativo para a estrutura do mercado", disse a corretora Cazarini em uma nota.

* A Archer Consulting disse que os produtores brasileiros de robusta estão vendendo muito para pagar os custos da colheita.

(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)