NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café deram um salto nesta segunda-feira, mais do que se recuperando das pesadas perdas de sexta-feira, com o enfraquecimento da previsão de chuvas nas áreas cafeeiras do Brasil e com as compras comerciais.
Os contratos futuros do açúcar bruto encerraram em ligeira queda, depois de ganharem quase 20% na semana passada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica fechou em alta de 12,9 centavos, ou 5,1%, a 2,6365 dólares por libra-peso, bem próximo de uma máxima de 13 anos registrada há uma semana.
* Os comerciantes disseram que a previsão de chuvas no Brasil no início de outubro mudou para volumes menores.
* O Rabobank disse que as condições de extrema seca no Brasil ainda não foram aliviadas e as previsões indicam outra semana extremamente seca antes de alguma eventual chuva.
* Os negociantes observaram que o setor está comprando.
* "Sei que muitos torrefadores aproveitaram a queda de sexta-feira para fixar (os preços), de modo que houve algumas compras comerciais", disse um corretor dos EUA.
* O café robusta de novembro subiu 4,3%, para 5.276 dólares a tonelada métrica.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,11 centavo, ou 0,5%, a 22,55 centavos de dólar por libra-peso, depois de ter atingido uma máxima de sete meses de 23,17 centavos.
* Os negociantes disseram que os especuladores estavam cobrindo uma posição líquida vendida, tendo como pano de fundo as preocupações de que o clima seco e os incêndios no Brasil pudessem reduzir a produção do maior produtor e exportador mundial do adoçante.
* Uma corretora sediada nos EUA acredita que os fundos continuaram a passar de posições vendidas para compradas depois de terça-feira, dia a que se refere o relatório da CFTC, e podem estar agora em uma posição líquida comprada de mais de 40.000 contratos.
* Um aumento esperado na produção da Tailândia pode ajudar a limitar o aperto na oferta na primeira parte de 2025, antes do início da colheita de cana no Brasil.
* O açúcar branco ficou pouco alterado em 584,50 dólares por tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)