Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Investing.com — Uma série de balanços corporativos, especialmente relatórios de grandes empresas de tecnologia de mega capitalização, estará em foco esta semana, com investidores ansiosos para ver como esses negócios estão se adaptando a um ambiente operacional obscurecido pelas tarifas dos EUA. Dados importantes também podem fornecer algumas percepções sobre como as tarifas estão impactando o emprego, a inflação e a economia americana em geral. O Banco do Japão deve anunciar sua mais recente decisão sobre taxas de juros, enquanto a Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) de Warren Buffett realizará sua reunião anual.
1. Avalanche de balanços
A semana que vem estará repleta de balanços cruciais de uma variedade de grandes empresas americanas, incluindo alguns dos maiores nomes do importante setor de tecnologia.
A gigante de software Microsoft (NASDAQ:MSFT) e a fabricante do iPhone Apple (NASDAQ:AAPL) estarão entre os nomes de tecnologia de mega capitalização a divulgar resultados, assim como a titã do e-commerce Amazon (NASDAQ:AMZN) e a proprietária do Instagram Meta Platforms (NASDAQ:META). Todas essas empresas fazem parte do grupo das chamadas "7 Magníficas", o grupo de gigantes de tecnologia que impulsionou os mercados de ações nos últimos anos, mas que teve um início instável em 2025.
Das mais de 175 empresas do índice de referência S&P 500 que já divulgaram resultados, mais de 70% superaram as expectativas, de acordo com dados da LSEG citados pela Reuters. Os lucros agregados do S&P 500 para o período de janeiro a março agora devem aumentar 9,7% em relação ao ano anterior, acima da estimativa de 8,0% em 1º de abril, informou a Reuters.
Embora os números trimestrais dessas empresas tenham estado em foco, grande parte da atenção tem se concentrado em como as empresas estão se preparando para o efeito das elevadas tarifas americanas. Várias empresas reduziram ou abandonaram suas projeções, sinalizando que o cenário econômico nos próximos meses permanece incerto.
2. Dados dos EUA
Os investidores também estarão monitorando uma série de dados esta semana que poderão ajudar a esclarecer o estado da economia americana no contexto das tensões alimentadas pelas tarifas.
Os dados do Produto Interno Bruto dos EUA serão divulgados na quarta-feira, assim como a leitura mensal do índice de preços de despesas de consumo pessoal — uma medida de inflação acompanhada de perto pelo Federal Reserve.
Uma métrica que acompanha a atividade no setor manufatureiro em abril está programada para ser divulgada na quinta-feira, enquanto os sempre cruciais dados de folha de pagamento não agrícola serão divulgados na sexta-feira.
Em uma nota aos clientes, analistas do ING disseram que estariam observando atentamente os números de empregos, especialmente à medida que crescem os temores de que as tarifas possam desencadear uma desaceleração na economia mais ampla.
"Recessões frequentemente começam e terminam com mudanças no desemprego", escreveram os analistas.
3. Decisão do BOJ
Espera-se que o Banco do Japão mantenha as taxas de juros inalteradas em sua mais recente reunião de política na quarta-feira, enquanto os funcionários continuam com a normalização da política e possíveis riscos à economia representados pelas tarifas dos EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump, encarregou seus funcionários de forjar dezenas de acordos comerciais individualizados durante uma pausa de 90 dias em suas chamadas tarifas "recíprocas". No entanto, Trump manteve tarifas universais de 10%, junto com tarifas elevadas em itens como alumínio, aço e automóveis.
Parcialmente devido a essas mudanças, o Fundo Monetário Internacional reduziu suas previsões de crescimento global na semana passada — uma decisão que deve levar o BOJ a rebaixar suas próprias previsões econômicas, informou a Reuters.
No entanto, espera-se que o banco central sinalize que os riscos decorrentes do aumento das tarifas americanas não afetarão os aumentos de salários e preços considerados fatores cruciais nas futuras decisões sobre custos de empréstimos, acrescentou a agência de notícias.
Em março, o BOJ aumentou as taxas de juros pela primeira vez em 17 anos, elevando-as acima de zero e encerrando um esforço de longa data para estimular o crescimento mantendo os custos de empréstimos em território negativo.
4. Eleições canadenses
Os canadenses devem ir às urnas na segunda-feira, em uma eleição que foi fortemente influenciada pela retórica e ações de Trump.
O atual primeiro-ministro Mark Carney, que assumiu após a renúncia do ex-primeiro-ministro Justin Trudeau no início deste ano, e o líder conservador Pierre Poilievre encerraram uma campanha turbulenta de cinco semanas no domingo. Os eventos foram ofuscados por uma tragédia em Vancouver, onde um homem atropelou uma multidão em um festival da comunidade filipina, deixando pelo menos 11 pessoas mortas.
Durante suas campanhas, tanto Carney quanto Poilievre fizeram de Washington um foco central. Trump provocou a ira dos canadenses, há muito um parceiro comercial próximo dos EUA, depois de impor tarifas ao país e ameaçar anexá-lo.
As pesquisas mostram que o Partido Liberal de Carney, que estava muito atrás dos Conservadores antes das declarações de Trump, tem uma pequena vantagem no apoio popular, informou a Reuters. No entanto, não estava claro se os Liberais terão assentos suficientes para formar um governo sem a ajuda de um partido menor, mesmo que acabem vencendo.
5. Reunião anual da Berkshire Hathaway
A Berkshire Hathaway de Warren Buffett realizará sua reunião anual em 3 de maio.
"Os investidores estarão observando/ouvindo atentamente por uma atualização sobre o enorme tesouro de caixa de Buffett e se ele empregou algum desse dinheiro durante a recente queda do mercado", disseram analistas da Vital Knowledge em uma nota aos clientes.
No início deste mês, Buffett disse que não falaria sobre mercados, economia ou tarifas até a reunião de sábado em Omaha, Nebraska. A declaração veio depois que a Berkshire rejeitou uma postagem na rede social Truth Social de Trump sugerindo que Buffett endossava as políticas econômicas do presidente.
As ações da Berkshire superaram o mercado de ações americano mais amplo até agora em 2025. O conglomerado vendeu US$ 134,1 bilhões líquidos em ações no ano passado, aumentando sua reserva de caixa para US$ 334,2 bilhões. O que o Buffett de 94 anos, um dos investidores mais influentes e reverenciados do mundo, planeja fazer com esse dinheiro permanece incerto.
(Reuters contribuiu com a reportagem.)
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