Por Victor Borges
BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira resolução que ajusta condições de financiamento com recursos do Fundo do Clima e altera taxas de juros a título de remuneração do Fundo para geração de energia renovável e outros setores.
Segundo o Ministério da Fazenda, a norma tem como objetivo alinhar as condições financeiras dos financiamentos do Fundo do Clima ao cenário macroeconômico e "garantir a atratividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo".
O ministério divulgou, em nota, que as taxas de juros a título de remuneração do Fundo sairão de 6,15% para 6,50% aos financiamentos destinados a desenvolvimento urbano resiliente e sustentável, indústria verde, logística de transporte, transporte público e mobilidade verdes e serviços e inovações verdes.
Para os financiamentos voltados para a geração de energia eólica, há uma redução da taxa de juros de 8% para 6,5% ao ano e o prazo de reembolso é estendido de 16 para 24 anos, uma vez que investimentos em projetos do setor possuem um prazo de retorno mais longo. Já para a geração de energia solar, que mostrou necessitar de menos incentivo para manter a atratividade dos financiamentos, há um aumento da taxa de 8% para 9,5% ao ano, afirmou a pasta.
"As alterações nas condições financeiras para os financiamentos de transição energética buscam incentivar investimentos que permitam manter a diversificação e a segurança da matriz energética brasileira, ao mesmo tempo em que mantêm a competitividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo Clima", disse a Fazenda.