Em uma reviravolta surpreendente, as pesquisas de boca de urna da eleição geral de hoje sugerem que o Partido Liberal Democrático (PLD) do Japão e seu parceiro de coalizão podem perder sua maioria na câmara baixa do parlamento. Isso levou a especulações sobre a possível composição do próximo governo do país.
O PLD tem sido uma força dominante no cenário político japonês, governando por quase todo o período pós-guerra. No entanto, a história já viu o controle do partido oscilar em alguns momentos. Em 1983, apesar das previsões de uma vitória confortável, o PLD não garantiu a maioria, levando à menor participação de eleitores no período pós-guerra. O partido foi então obrigado a formar uma coalizão com o New Liberal Club para manter o poder.
O atual primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, entrou no parlamento pela primeira vez em 1986, após uma breve carreira no setor bancário. O PLD já enfrentou desafios antes, como em 1993, quando novamente não obteve maioria devido a escândalos de corrupção. Naquela ocasião, sete partidos de oposição, incluindo dois dissidentes do PLD, formaram uma coalizão que tirou o PLD do poder pela primeira vez desde sua fundação em 1955. No entanto, os conflitos internos da coalizão levaram ao seu colapso em menos de um ano.
Em 2000, o PLD, sob o comando do primeiro-ministro Keizo Obuchi, enfrentou uma crise de liderança quando Obuchi sofreu um derrame e faleceu, deixando Yoshiro Mori assumir o comando. As gafes de Mori diminuíram a popularidade do partido e, na eleição subsequente, o PLD teve que contar com sua parceria com o Komeito, um partido apoiado por um importante grupo budista leigo, para permanecer no poder.
A coalizão foi novamente interrompida em 2009 durante a crise financeira global, quando o Partido Democrático obteve uma vitória esmagadora. Mas a gestão dos democratas do terremoto e tsunami de 2011, que resultou no desastre nuclear de Fukushima, foi criticada, permitindo que o PLD retomasse o controle na eleição de 2012. O Partido Democrático acabou se dissolvendo em 2016, com seus remanescentes formando a atual principal oposição, o Partido Democrático Constitucional do Japão, e uma facção menor estabelecendo o Partido Democrático para o Povo.
Enquanto os cidadãos depositam seus votos hoje, alguns acompanhados por crianças em fantasias de Halloween, o futuro do governo japonês permanece incerto, aguardando os resultados finais da eleição para determinar se o PLD conseguirá manter seu domínio de longa data no poder.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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