Como aproveitar esta ação que já sobe +52% em 2025?
Investing.com - O BofA Securities, em nota divulgada na segunda-feira, afirmou que os cortes esperados nas taxas de juros pelo Federal Reserve provavelmente abrirão caminho para que os bancos centrais do Brasil, Colômbia e México reduzam os custos de empréstimos nos próximos meses.
O Fed deve reduzir as taxas em 125 pontos-base até o final de 2026, começando com um corte de 25 pontos-base já em setembro de 2025, segundo a equipe de economia dos EUA do BofA.
"Taxas de curto prazo mais baixas nos EUA facilitam cortes na América Latina, especialmente no México, que tem uma economia mais ligada à dos EUA", disse a corretora.
Brasil, Colômbia e México atualmente mantêm algumas das taxas de juros mais altas entre as principais economias da região.
A taxa básica do Brasil está em 15% (11% em termos reais, usando a previsão de inflação do BofA para o final de 2026), a da Colômbia em 9,25% (6,25% real) e a do México em 7,75% (4,25% real).
Esses níveis estão bem acima das estimativas de taxas neutras de seus respectivos bancos centrais.
O BofA prevê que as taxas nas três economias cairão significativamente até o final de 2026: para 11,25% no Brasil, 7% na Colômbia e 6,50% no México.
A corretora citou pressões inflacionárias globais moderadas, crescimento fraco nos EUA e na China, e potencial limitado de alta nos preços do petróleo como fatores que devem permitir o afrouxamento monetário na região.
"Não esperamos pressões inflacionárias globais significativas para a América Latina nos próximos trimestres", disse o BofA, acrescentando que produtos chineses baratos estão "ajudando a pressionar para baixo a inflação global de bens".
No Brasil, espera-se que o Banco Central comece a cortar as taxas em dezembro de 2025, antes das expectativas de consenso para janeiro de 2026.
O BofA projeta um ciclo agressivo de afrouxamento que levaria a taxa básica para 11,25% até dezembro de 2026.
"A consolidação da desaceleração na atividade econômica favorece nossa previsão de um corte de juros pelo BCB em dezembro", disse a corretora, apontando para um crescimento mais lento e inflação em queda.
Os riscos incluem política fiscal mais frouxa, potencial depreciação do real e tensões geopolíticas que poderiam desestabilizar os mercados.
Na Colômbia, o BofA reiterou sua previsão fora do consenso de que a taxa de juros chegará a 7% até o final de 2026, abaixo dos 8,5% implícitos nos preços de mercado.
O próximo corte de 25 pontos-base, no entanto, foi adiado para dezembro de 2025, de setembro, depois que o banco central sinalizou preocupação com a forte demanda doméstica e os recentes aumentos do salário mínimo.
"Não acreditamos que a demanda doméstica esteja muito forte", disse o BofA, argumentando que o crescimento recente foi impulsionado por fatores temporários, como política salarial e remessas.
O banco central do México, que já reduziu as taxas para 7,75% após uma série de cortes este ano, deve levar a taxa básica para 6,5% até o final de 2026.
O BofA disse que a fraca atividade econômica, um hiato do produto negativo, modesta criação de empregos e um peso relativamente forte manterão tanto a inflação geral quanto a inflação básica abaixo de 4% no próximo ano, dando ao Banxico espaço para afrouxar.
"Os cortes do Fed reforçam ainda mais nosso caso", disse a corretora. Os riscos incluem inflação básica persistente impulsionada pelo crescimento dos salários e o impacto das tarifas sobre importações chinesas.
A ausência de fortes pressões inflacionárias globais, juntamente com a fraca demanda nas duas maiores economias do mundo, permitirá que os maiores mercados da América Latina reduzam as taxas de juros.
Ainda assim, os riscos permanecem, incluindo taxas de juros americanas mais altas por mais tempo, um dólar mais forte, choques nos preços do petróleo e pressões políticas e fiscais domésticas no Brasil e na Colômbia.
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