Ibovespa fecha em queda com ajustes após máximas, mas volume reduzido

Publicado 08.09.2025, 17:33
Atualizado 08.09.2025, 17:35
Ibovespa fecha em queda com ajustes após máximas, mas volume reduzido

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, refletindo movimentos de realização de lucro, após renovar máximas históricas na semana passada, enquanto Cosan e Raízen voltaram a figurar entre destaques positivos em meio a expectativas envolvendo alternativas estratégicas para ambas as companhias.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,59%, a 141.791,58 pontos, tendo marcado 141.329,17 pontos na mínima e 143.089,43 pontos na máxima. O volume financeiro somou R$16,7 bilhões, bem abaixo da média diária de R$23,8 bilhões no ano.

Na última sexta-feira, o Ibovespa encerrou a 142.640,14 pontos, marcando 143.408,64 pontos na máxima daquele pregão, renovando seus topos históricos para o fechamento e no intradia, apoiado principalmente pela perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos na próxima semana.

De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a bolsa paulista refletiu um pouco de correção e realização de lucros após registrar máximas na sexta-feira, com Vale e Petrobras atuando como um contrapeso positivo ao Ibovespa com a alta de commodities como o minério de ferro e o petróleo.

Paletta também chamou a atenção para a reunião dos Brics, convocada pelo Brasil, que trouxe alguma preocupação em relação a eventuais retaliações do governo norte-americano.

No encontro virtual nesta segunda-feira para discutir a situação do comércio mundial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a integração financeira e o comércio entre os integrantes do bloco sejam usados para mitigar os efeitos do protecionismo no comércio mundial.

Desde a Cúpula do Brics, há dois meses, no Rio de Janeiro, Brasil e Índia passaram a ser alvos das maiores taxas de importação aplicadas pelos EUA.

Em Wall Street, a semana começou com viés positivo. O S&P 500 fechou em alta de 0,21%, enquanto o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA recuou, em meio a apostas de que o Federal Reserve reduzirá a taxa de juros da maior economia do mundo no próximo dia 17.

Investidores do mercado brasileiro também monitoram retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, com o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que acusa o ex-presidente e outros réus de tentativa de golpe de Estado.

 

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou transacionado em baixa de 0,47%, em sessão mais negativa para ações sensíveis à economia doméstica. BANCO DO BRASIL ON perdeu 0,95%, SANTANDER BRASIL UNIT recuou 1,71% e BRADESCO PN fechou negociada em baixa de 0,52%. O índice do setor financeiro cedeu 0,99%, minado também por B3 ON (SA:B3SA3), que apurou declínio de 1,79%.

- PETROBRAS PN subiu 0,39%, em dia de alta do petróleo no exterior, onde o contrato Brent fechou com acréscimo de 0,79%. No setor, BRAVA ON perdeu 0,38%, PRIO ON avançou 0,11% e PETRORECONCAVO ON, que ainda tinha no radar dados mensais de produção, cedeu 0,23%.

- VALE ON subiu 0,25%, tendo como pano de fundo o avanço dos preços do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou o dia com alta de 0,64%. No setor, USIMINAS PNA ganhou 1,77%, ajudada por relatório JPMorgan, que elevou a recomendação dos papéis para neutra.

- RAÍZEN PN avançou 5,47%, ainda sob efeito de notícias sobre possíveis interessados em investir na companhia, uma joint venture entre Cosan e Shell. A Raízen reiterou mais cedo que seus acionistas controladores têm avaliado alternativas estratégicas de capitalização, mas que até o momento não há qualquer decisão. COSAN ON valorizou-se 2,33%.

- CVC BRASIL ON recuou 4,5%, em pregão de ajustes, após alta de mais de 4% na última sexta-feira, acompanhando o declínio em papéis atrelados à economia doméstica. MAGAZINE LUIZA ON caiu 3,88% e ASSAÍ ON (SA:ASAI3) declinou 3,71%, também na ponta negativa. O índice de consumo da B3 registrou queda de 1,69%.

- AZUL PN e GOL PN, que não estão no Ibovespa, dispararam 31,3% e 17,16%, respectivamente.

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