Por Jeff Mason e Steve Holland
RIAD (Reuters) - Alvo de controvérsias em seu país, Donald Trump fez sua primeira viagem presidencial ao exterior, com destino à Arábia Saudita, onde chegou neste sábado com recepção calorosa após o rebuliço político nos EUA criado com a demissão do diretor do FBI James Comey.
O rei saudita Salman bin Abdulaziz cumprimentou Trump no tapete vermelho assim que ele deixou a aeronave Air Force One, estendendo a saudação também à esposa do presidente, Melania, e pegando uma carona na limousine presidencial norte-americana.
Foi uma recepção mais calorosa do que a que teve seu antecessor, Barack Obama, que era visto no reino árabe como um presidente pouco duro no trato com o Irã e hesitante com a Síria.
A viagem de Trump à Arábia Saudita, Israel, Itália, Vaticano e Bélgica tem sido classificada pela Casa Branca como uma oportunidade para visitar lugares sagrados para três das maiores religiões do mundo, ao mesmo tempo em que dá ao presidente oportunidade para se reunir com líderes árabes, israelenses e europeus.
Mas o tumulto em Washington lançou uma espessa nuvem negra sobre a viagem. A demissão de Comey e a nomeação de um conselho especial para investigar os laços da campanha de Trump com a Rússia no ano passado têm desencadeado uma série de notícias negativas para o presidente.
O New York Times relatou que Trump tinha chamado Comey de "louco" numa reunião privada na semana passada no Salão Oval com Ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov e embaixador dos Estados Unidos na Rússia Sergei Kislyak.
A Casa Branca não negou a informação, mas disse que "a real história é que a nossa segurança nacional foi minada pelo vazamento de conversas privadas e altamente confidenciais".