(Reuters) - Na semana após 17 dos colegas e professores de David Hogg terem sido mortos a tiros na Flórida, ele e seus colegas lançaram um movimento que remodelou o debate sobre o controle de armas quase do dia para a noite e pode influenciar as eleições de meio de mandato nos EUA.
Encarando bravamente as câmeras de TV, Hogg e outros estudantes que sobreviveram ao massacre na escola Parkland, em 14 de fevereiro, exigiram que os parlamentares restrinjam as vendas de armas e estão visando políticos financiados pelo lobby da Associação Nacional de Rifles (NRA), a favor das armas.
Eles foram às redes sociais para pedir que os colegas participem da Caminhada Nacional das Escolas em 14 de março e compareçam à "Marcha por Nossas Vidas" em Washington dez dias depois.
Aprofundando-se em um debate que polarizou os Estados Unidos entre aqueles que defendem a posse de armas como direito constitucional e aqueles que exigem medidas para interromper os ataques com armas, os estudantes agora estão focados nas eleições de novembro.
"Nós vamos sair e fazer com que todos saibam quanto dinheiro seus políticos aceitaram da NRA", disse Hogg.
Eles querem influenciar não apenas aqueles que votarão pela primeira vez este ano, mas todos os eleitores, a fazer escolhas em relação aos direitos sobre as armas.
Os estudantes parecem ter feito mais progresso em alguns dias do que anos de ativismo contra as armas, que fracassou diante da oposição dos congressistas republicanos, que defendem ferozmente seu direito constitucional à posse de armas.
O movimento dos estudantes está forçando os doadores a cortar o financiamento para a NRA e pressionando os parlamentares a parar de aceitar dinheiro do grupo politicamente influente.
Os próprios ativistas adolescentes estão coletando milhões de dólares junto a celebridades como Oprah Winfrey e George Clooney, utilizando propaganda gratuita de pessoas em Hollywood e conhecimento organizacional de grupos como a Marcha das Mulheres.
O que pode ser diferente em relação aos estudantes de Parkland é sua mobilização quase instantânea e o poder das redes sociais, em que seus discursos apaixonados viralizaram, disseram especialistas.
(Por Andrew Hay)