Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - A China vai manter sua meta de crescimento econômico "em torno de 6,5 por cento" para 2018, inalterada em relação ao ano passado, disseram fontes à Reuters, conforme busca equilibrar os esforços para reduzir os riscos da dívida enquanto mantém estável a segunda maior economia do mundo.
A meta proposta, a ser apresentada na reunião anual do Parlamento em março, foi aprovada pelos principais líderes na Conferência Central de Trabalho Econômico em 18 a 20 de dezembro, de acordo com quatro fontes com conhecimento do encontro.
"A meta de crescimento econômico ainda ficará em torno de 6,5 por cento conforme eles privilegiam a estabilidade", disse uma fonte que pediu anonimato devido à sensibilidade do assunto.
O Gabinete de Informação do Conselho Estatal da China, braço de relações públicas do governo, não havia respondido aos pedidos da Reuters por comentários sobre as metas econômicas para este ano.
Havia dúvidas sobre se a China determinaria uma meta de crescimento para 2018, depois de o presidente Xi Jinping ter prometido em outubro buscar um "crescimento de alta qualidade".
Analistas projetam que os números finais mostrem que a economia expandiu cerca de 6,8 por cento em 2017, superando a meta graças a uma demanda global forte pelas exportações chinesas, melhorando a mínima de 26 anos de 6,7 por cento registrada em 2016.
O governo vai ainda manter a meta de inflação de 3 por cento para 2018, completaram as fontes, sugerindo que as autoridades não preveem altas fortes de preços, uma vez que as fábricas têm dificuldades para repassar os custos mais altos aos consumidores.