Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 23 de novembro, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar estável após cair devido a preocupações do Fed com inflação
O dólar permanecia estável frente aos principais rivais nesta quinta-feira após ter passado por sua pior queda em seis meses. O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, encerrou a quarta-feira em 0,8% mais baixo, seu maior declínio desde 16 de maio.
Isso aconteceu após as atas do Fed revelarem que "muitos participantes" demonstraram preocupação com a perspectiva de inflação, refletindo comentários recentes feitos por Janet Yellen, presidente do Fed que deixará o cargo em fevereiro, nos quais ela afirmou estar "muito incerta", o que provocou especulações de que a trajetória futura de endurecimento poderá não ser agressiva quanto se pensava originalmente.
As atas do Fed confirmaram que, com base nas expectativas de continuação de crescimento sólido e fortalecimento do mercado de trabalho, "outro aumento na taxa-alvo para os fundos federais provavelmente estaria garantida no curto prazo".
O Fed deverá realizar sua última reunião do ano de política monetária em 12 e 13 de dezembro, com futuros da taxa de juros agora apostando em cerca de 100% de chances de um aumento das taxas em dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
2. 164 milhões de norte-americanos se preparam para ir à lojas
O maior fim de semana de compras do ano nos EUA começa "oficialmente" nesta quinta-feira, com mais de 164 milhões de norte-americanos planejando ir às lojas, de acordo com uma pesquisa da Federação Nacional do Varejo (NRF, na sigla em inglês) e da Prosper Insights & Analytics.
A NRF afirmou que a estimativa corresponde a 69% da população norte-americana na pesquisa desse ano que inclui, pela primeira vez, os números da Cyber Monday além do Dia de Ação de Graças, Black Friday, Small Business Saturday (Sábado das Pequenas Empresas, em tradução livre) e o domingo.
Entre os que consideram fazer compras no feriado prolongado pelo feriado, a pequisa descobriu que 20% planejam realizar as compras no Dia de Ação de Graças (32 milhões), mas a Black Friday continua a ser o dia mais agitado com 70% planejando comprar nesse dia (115 milhões).
Um percentual substancial de 43% deverá realizar compras no sábado (71 milhões), com 76% deles afirmando que eles realizarão compras específicas para apoiar o Small Business Saturday. No domingo, 21% deverão realizar compras (35 milhões) e 48% deverão fazer compras na Cyber Monday (78 milhões).
Com muitos varejistas citando o "ambiente difícil para o varejo" nos resultados e projeções do terceiro trimestre, os mercados estarão de olho em lojas físicas para ver como elas se comportarão frente ao ataque do varejo on-line.
3. Bolsas chinesas têm maior queda em 17 meses enquanto os EUA aproveitam feriado
Os mercados de capitais da China continental caíram de forma geral nesta quinta-feira, com o Shanghai Composite encerrando em baixa de 2,3% com especialistas mencionando a volatilidade no mercado de títulos do país espalhando o sentimento pessimista nas bolsas. O Hang Seng de Hong Kong teve danos menores com uma perda de 0,8% uma vez que o índice foi impulsionado pela percepção que enviou a referência à máxima de 10 anos na sessão anterior.
Tudo isso em um dia que a Bolsa de Valores de Nova York estará fechada com investidores comemorando o Dia de Ação de Graças. As negociações foram leves nesta semana encurtada pelo feriado, com Wall Street retornado às operações na sexta-feira apenas em meio expediente. O mercado futuro dos EUA tinha ganhos mornos no início do pregão com uma leve recuperação das perdas vistas no Dow e no S&P 500 no dia anterior. O Nasdaq Composite era a única grande referência a encerrar em novo recorde uma vez que encerrou a quarta-feira com ganhos mornos de 0,07%.
As bolsas japonesas também estavam fechadas nesta quinta-feira devido a um feriado.
Enquanto isso, bolsas europeias estavam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, impulsionadas por dados positivos da atividade do setor da indústria e dedo setor de serviços.
4. Petróleo permanece próximo à máxima de dois anos e meio em negociações do feriado
Os preços do petróleo estavam um pouco mais baixos nesta quinta-feira, mas ainda permaneciam próximos ao seu maior nível em dois anos e meio devido ao otimismo de que o mercado de petróleo está bem e em direção ao reequilíbrio.
Os estoques domésticos de petróleo tiveram redução de 15% a partir de seus níveis recordes em março e ficaram abaixo dos níveis de 2016, o que elevou o otimismo com o fato de que o mercado de petróleo dos EUA estaria se reequilibrando.
Os preços ainda tiveram mais impulso de sinais crescentes de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados chegarão a um acordo para prolongar os cortes na oferta além de março na reunião dos produtores em Viena no dia 30 de novembro.
Às 09h03, contratos futuros de petróleo dos EUA recuavam 0,12% para US$ 57,95 ao passo que o petróleo Brent recuava 0,43% para US$ 63,05.
5. Empresas da zona do euro têm crescimento mais forte em mais de seis meses
Empresas na zona do euro tiveram sua atividade mais forte desde abril de 2011 de acordo com dados sobre o setor industrial e o setor de serviços que foram divulgados nesta quinta-feira.
Especificamente, o PMI composto do Markit saiu de 56,0 e chegou a 57,5 em novembro, seu nível mais alto em seis anos e meio.
A força na zona do euro contrastava muito com os números de crescimento do Reino Unido. O PIB do terceiro trimestre foi confirmado e teve apenas 0,4% de expansão. Embora os gastos das famílias britânicas tenham se recuperado, os números líquidos do comércio tiveram impacto negativo no crescimento pois o Reino Unido passa por incertezas envolvendo as negociações do Brexit.