Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 30 de novembro, sobre os mercados financeiros:
1. Início da reunião da Opep
Ministros do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros importantes produtores, principalmente a Rússia, irão se reunir em Viena para decidir se estenderão seu acordo atual sobre a produção para além do prazo de encerramento em março de 2018.
Uma sessão fechada apenas com ministros da Opep e com o secretário-geral tem início marcado para as 09h00, de acordo com a agenda publicada no site da Opep. Na sequência, ao meio-dia, haverá uma reunião conjunta com ministros e representantes da Opep e de países externos à organização.
Após isso, haverá uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da conferência da Opep, o ministro de energia da Rússia e o secretário-geral da Opep.
A maioria dos analistas do mercado espera que o cartel do petróleo estenda os cortes na produção por mais nove meses até o fim do ano que vem, mas os termos não estão muito claros uma vez que a Rússia emitiu sinais contraditórios se irá ou não apoiar a decisão.
Nos termos originais do acordo, a Opep e outros 11 produtores externos à organização, liderados pela Rússia, concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia durante os seis primeiros meses de 2017. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.
Os preços do petróleo subiam, mas provavelmente permaneceriam voláteis antes do desfecho da reunião. O petróleo dos EUA avançava US$ 0,28, ou cerca de 0,5%, com o barril negociado a US$ 57,59, enquanto o petróleo Brent estava cotado a US$ 62,93, alta de US$ 0,40 ou 0,7% a partir de seu último fechamento.
2. Bolsas globais desiguais com queda no setor de tecnologia atingindo a Ásia
As bolsas de valores de todo o mundo estavam desiguais, sentindo o peso de uma queda na ações de empresas de tecnologia de alto nível.
A maioria dos mercados do Pacífico Asiático encerrou em baixa, já que os papéis do setor de tecnologia da região caíram após uma operação de venda das ações do setor nos EUA.
Na Europa, a maioria das bolsas da região estava em leve alta na metade da manhã, já que ganhos no setor financeiro forneciam sustentação.
Em Wall Street, o mercado futuro norte-americano apontava para uma leve alta na abertura. A Nasdaq registrou sua maior queda em um dia em mais de três meses na quarta-feira, já que investidores fugiam de papéis de empresas de tecnologia de alto nível e passaram para os bancos.
3. Bitcoin se move novamente
O preço da moeda digital bitcoin reassumiu o nível de US$ 10.000, chegando a recuperar 20% a partir de sua mínima na quarta-feira, aliviando preocupações de que uma operação de venda súbita na criptomoeda pudesse evoluir para algo mais profundo.
O bitcoin estava cotado em torno de US$ 10.070 na corretora norte-americana Bitfinex, alta de 3% no dia.
A moeda digital chegou a subir para US$ 11.441 na quarta-feira, o maior nível em seus nove anos de história, antes de perder quase 21% e chegar à mínima de US$ 9.001. A queda foi desencadeada em parte por indisponibilidade das principais corretoras de criptomoedas.
O bitcoin, que começou 2017 em cerca de US$ 1.000 e ultrapassou os US$ 5.000 em outubro, subiu quase 1.100% apenas em 2017 enquanto investidores da moeda digital ignoravam alertas de bolha.
4. Foco na métrica favorita de inflação do Fed
Às 11h30, o Departamento de Comércio divulgará dados sobre renda pessoal e despesas pessoais em outubro, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), a métrica preferida do Fed para inflação.
O consenso das projeções indica que o relatório mostrará que o núcleo do índice de preços PCE subiu 0,2% no mês passado. Em base anual, espera-se que o núcleo dos preços PCE tenha subido1,4%.
O Federal Reserve utiliza o núcleo PCE como ferramenta para ajudar a determinar se eleva ou abaixa as taxas de juros com o intuito de manter a inflação na taxa de 2% ou abaixo disso.
Além dos dados, comentários de Randal Quarles, diretor do Federal Reserve, e Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, também estarão na agenda.
O índice dólar, que acompanha a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava um pouco mais alto, próximo ao nível de 93,30.
5. Inflação fraca da zona do euro sustenta redução lenta do BCE
A inflação na zona do euro subiu menos do que o esperado em novembro, permanecendo abaixo da meta do Banco Central Europeu, dando sustentação à decisão do banco central de retirar gradualmente o estímulo monetário.
Os preços ao consumidor subiram 1,5% neste mês, afirmou o escritório de estatísticas da União Europeia. Ficou abaixo das expectativas de um aumento de 1,6% e se compara à leitura final de 1,4% de aumento no mês anterior. Em um novo golpe na condução do BCE para impulsionar a inflação, o núcleo do índice de preços permaneceu na mínima de seis meses de 0,9%.
Outro relatório mostrou que a taxa de desemprego da região caiu para 8,8%, o menor nível desde 2009.
O euro estava um pouco mais baixo, cotado a 1,1820 frente ao dólar.