Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 15 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar continua a subir com tensões geopolíticas se acalmando
Os ânimos do mercado melhoraram após a Coreia do Norte afirmar, nesta terça-feira, ter adiado uma decisão sobre o plano de disparar mísseis contra Guam, território dos EUA no Oceano Pacífico, enquanto observa um pouco mais as ações norte-americanas.
Ao mesmo tempo, Moon Jae-In, presidente sul-coreano, afirmou que não haverá ações militares na península coreana sem o consentimento de Seul e que o governo evitaria a guerra de todas as formas.
Participantes do mercado aguardavam os dados sobre as vendas no varejo nos EUA, com divulgação prevista para as 09h30 (horário de Brasília), na busca de mais indicações sobre a força da economia após números decepcionantes da inflação divulgados na sexta-feira terem reduzido as expectativas de outro aumento dos juros do Federal Reserve esse ano.
O dólar norte-americano encontrou alguma sustentação após William Dudley, presidente do Fed de Nova York, afirmar na segunda-feira que ele seria favorável a outro aumento dos juros esse ano se as condições econômicas envolvidas evoluírem de acordo com suas expectativas.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha alta de 0,27% chegando a 93,58, nível mais alto desde 10 de agosto, às 07h00 (horário de Brasília).
2. Preços do petróleo se estabilizam após caírem à mínima de 3 semanas
Preços do petróleo se estabilizavam após terem chegado à nova mínima de três semanas mais cedo, já que um dólar mais forte e preocupações com a sobreoferta global continuavam a pesar.
As preocupações com desaceleração da demanda da China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, pressionavam os preços para baixo. Um relatório nesta segunda-feira indicava uma redução na demanda por petróleo bruto nas refinarias da China em julho.
Os preços do petróleo permaneciam vulneráveis à percepção negativa, com investidores avaliando números de oferta e demanda para determinar quanto o mercado está próximo de se reequilibrar.
O Instituto Americano de Petróleo deverá divulgar seu último relatório sobre os estoques norte-americanos ainda nesta terça-feira, antes dos dados oficiais da Administração de Informação de Energia dos EUA na próxima quarta-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA estavam cotados a US$ 47,48 enquanto o petróleo Brent estava cotado a US$ 50,61.
3. Economia alemã cresce menos do que o esperado
O produto interno bruto da Alemanha subiu 0,6% no segundo trimestre, afirmou o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha, frustrando expectativas de um aumento de 0,7%.
Em base anual, a economia alemã cresceu 0,8% no último trimestre, menos do que a taxa de crescimento esperada de 1,9%.
O Escritório de Estatísticas observou um aumento na formação de capital fixo em maquinários e equipamentos, na construção e em outros ativos fixos ao se comparar com o primeiro trimestre de 2017.
Os dados fracos alimentaram preocupações com a força da maior economia da zona do euro e fizeram o euro cair. O par EUR/USD recuava 0,23% para 1,1753 às 07h00 (horário de Brasília).
4. Libra cai com inflação britânica estável em julho
A libra caía à mínima de 5 semanas frente ao dólar norte-americano após dados mostrarem que a taxa anual de inflação do Reino Unido inesperadamente permaneceu estável em julho, sustentando a situação para que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) mantenha as taxas de juros estáveis.
O par GBP/USD caiu à mínima de 1,2899, o nível mais fraco desde 13 de julho, ao passo que o par EUR/GBP avançava 0,24% para 0,9110.
Os preços ao consumidor subiram 2,6% em comparação ao ano anterior, afirmou o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), um pouco abaixo das expectativas dos economistas de aumento anual de 2,7%.
A queda nos preços de combustível para motores foi compensada por preços mais altos em roupas, serviços públicos e alimentos, afirmou o ONS.
Em sua última avaliação da economia, divulgada na semana passada, ao BoE afirmou esperar que a inflação chegue a 3% em outubro.
5. Mercados se recuperam de perdas recentes com negociações abertas ao risco
Bolsas europeias subiam nesta terça-feira, já que tensões entre os EUA e a Coreia do Norte continuavam a ficar à margem, dando sustentação a ativos mais arriscados.
A Danone SA (PA:DANO) era uma das empresas com melhores resultados no CAC 40 da França, após informações de que a Corvex Management agora possui uma participação de US$ 400 milhões na empresa e com surgimento de rumores de uma possível aquisição.
Às 07h00 (horário de Brasília), o EURO STOXX 50 avançava 0,23%, o CAC 40 da França ganhava 0,44%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha subia 0,31%.
Nos EUA, o mercado de capitais apontava para uma abertura em alta nesta terça-feira. Os futuros do Dow Jones Industrial Average indicavam um aumento de 0,20%, os futuros do S&P 500 sinalizavam ganho de 0,16%, ao passo que os futuros do Nasdaq 100 indicavam aumento de 0,23%.
A Merck (NYSE:MRK) & Co. deverá estar em foco após Ken Frazier, diretor-executivo da empresa, estar presente nas manchetes dessa segunda-feira ao se demitir do cargo de presidente do Conselho Americano de Manufatura citando "responsabilidade de tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo".
Essa ação ocorreu após o presidente Donald Trump ter sido visto como ambíguo ao falar sobre o protesto violento de supremacistas brancos em Charlottesville, Virgina, ocorrido durante o fim de semana, que matou uma mulher de 32 anos e feriou outras 19 pessoas.