Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 5 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Bolsas norte-americanas preparadas para continuarem a subir
O mercado futuro dos EUA apontava para uma em alta em Wall Street, já que o sentimento otimista no setor de tecnologia continuava a impulsionar o apetite pelo risco. Às 07h02, o blue chip futuros do Dow ganhava 57 pontos, ou 0,23%, os futuros do S&P 500 subiam 6 pontos, ou 0,21%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 25 pontos ou 0,35%.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias estavam majoritariamente em alta nas negociações durante a metade mesmo com dados mostrando uma desaceleração da atividade empresarial na zona do euro no mês passado. O índice composto de gerentes de compras (PMI) do IHS Markit, visto como um bom indicador geral do crescimento da zona do euro, caiu de 55,1 em abril para 54,1, mínima de 18 meses, em maio, ainda acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração.
Uma exceção notável era Londres, com o FTSE 100 caindo 0,3% uma vez que investidores se preocupavam com o custo para os contribuintes do resgate do Royal Bank of Scotland (LON:RBS) depois que o governo reduziu sua participação. O Reino Unido vendeu 925 milhões de ações a um preço de 2,71 libras, comparado ao preço de compra de 5,00 libras, resultando em uma perda em torno de 2 bilhões de libras (US$ 2,7 bilhões). Assustando ainda mais os investidores, a atividade do setor de serviços do Reino Unido atingiu o ritmo mais rápido em três meses. Embora sejam boas notícias em termos de economia, os dados levantaram preocupações de que o Banco da Inglaterra possa aumentar as taxas em sua reunião de agosto.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em alta uma vez que a recuperação inspirada no setor de tecnologia em Wall Street impulsionou os ânimos.
2. Atenção à marca de US$ 1 trilhão do valor de mercado da Apple
As ações da Apple fecharam em níveis recordes enquanto sua conferência anual de desenvolvedores, a WWDC, tinha início na segunda-feira.
A conferência, que continua até 8 de junho, atrai a atenção do mundo da tecnologia e das finanças, já que a Apple frequentemente revela novas ferramentas e recursos. Esse foi o caso na segunda-feira, quando o gigante de tecnologia revelou seu novo sistema operacional, iOS 12, um novo kit de ferramentas de realidade aumentada e uma série de aplicativos para ajudar a frear o uso de iPhone e iPads.
A gigante de tecnologia disse que a nova atualização de software aceleraria modelos mais novos e antigos do iPhone. Isso acontece alguns meses depois que a Apple foi duramente criticada, já que algumas pessoas alegaram que a atualização do gigante de tecnologia desacelerava propositadamente o desempenho dos iPhones mais antigos para estimular os usuários a comprarem novos.
Ações da Apple (NASDAQ:AAPL) fecharam em US$ 191,83, alta de 0,84%, o que fez a capitalização de mercado da empresa ficar apenas a 5% da marca de US$ 1 trilhão. Antes do pregão desta terça-feira, estas ações tinham ganhos em torno de 0,5%.
3. PMI não-industrial do ISM deve capturar a atenção antes de dados
A atividade do setor de serviços dos EUA estará no centro das atenções dos investidores nesta terça-feira pois o Instituto de Gestão de Provisões (ISM, na sigla em inglês) divulgará seu índice da atividade dos gestores de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor não industrial às 11h00. Espera-se que o crescimento acelere para 57,9 em maio a partir da leitura anterior de 56,8.
Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.
Também em pauta ao mesmo tempo, a pesquisa do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA para medir as vagas de emprego em abril pode atrair mais a atenção dos investidores após o relatório de empregos da semana passada.
O estudo sobre ofertas de empregos e rotatividade no trabalho (JOLTS, na sigla em inglês) do Departamento de Trabalho dos EUA deverá mostrar que as vagas de empregos em março caíram para cerca de 6,490 milhões.
O dólar estava pouco alterado frente a importantes rivais antes dos dados, tomando fôlego depois de seis semanas seguidas de ganhos constantes.
4. Negociações comerciais e Coreia do Norte continuam em foco
Embora as bolsas estejam em alta de forma geral nesta terça-feira, as preocupações com as negociações comerciais permaneceram em foco, já que o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, deixou a China sem avanços em termos de tarifas e o presidente Donald Trump se preparava para ir ao Canadá para uma reunião dos líderes do G7 em Quebec na sexta-feira. A reunião dos ministros das Finanças do grupo e dos governadores dos bancos centrais durante o fim de semana viu os EUA serem fortemente criticados pelas políticas tarifárias de Trump.
As relações com a Coreia do Norte também estavam em observação, já que a Casa Branca disse na segunda-feira que o primeiro encontro de Trump com o líder norte-coreano Kim Jong Un acontecerá às 9h da manhã em horário de Cingapura no dia 12 de junho.
A secretária de imprensa Sarah Huckabee Sanders enfatizou que a posição dos EUA não mudou. "Temos sanções, elas são muito poderosas e não tiraríamos essas sanções a menos que a Coréia do Norte se desnuclearizasse", afirmou ela.
5. Petróleo cai antes de dados semanais dos estoques norte-americanos
A cotação do petróleo continuava a cair no início da manhã de terça-feira, embora as perdas do petróleo dos EUA tenham sido mínimas, já que o aumento da produção norte-americana e as preocupações de que a Opep poderia aumentar sua própria produção continuavam a baixar os ânimos e os investidores aguardavam os mais recentes dados dos estoques dos EUA.
Um novo lote de dados dos estoques de petróleo bruto do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) está previsto para terça-feira após os dados da semana passada terem mostrado um aumento nos estoques brutos semanais de petróleo bruto dos EUA.
O Instituto Americano de Petróleo informou na última quarta-feira que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 1 milhão de barris. Isso contrastou com o relatório da Administração de Informação de Energia dos EUA, que mostrou que a oferta de petróleo teve redução de 3,6 milhões de barris.
O relatório oficial do governo será divulgado na quarta-feira, em meio a expectativas de uma redução de 2,5 milhões de barris.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,03%, atingindo US$ 64,73 às 07h04, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,86%, com o barril negociado a US$ 74,68.