As cinco principais notícias desta quarta-feira, 21 de setembro, sobre os mercados financeiros são:
1. BoJ reinicia programa de estímulo
O Banco do Japão (BoJ) reiniciou seu programa de estímulo nesta quarta-feira com novas táticas, embora o banco central japonês tenha mantido as taxas de juros e compras de ativos inalteradas.
Em meio as mudanças reais, o BoJ removeu o limite de meta de inflação declarando a sua intenção de prosseguir com a intervenção até que a inflação ultrapasse a marca de 2% "e permaneça acima da meta de uma forma estável".
Além disso, o banco implementou um chamado " controle da curva de rendimento" que se destina a limitar os rendimentos dos títulos de 10 anos do governo em 0%.
2. BoE deve manter taxas; foco em projeções atualizadas de Yellen
Na abertura dos mercados nesta quarta-feira, os investidores vão reagir à decisão BoJ e definir suas negociações antes da decisão política tão aguardada do Banco Central dos EUA (Fed).
O Fed não deve tomar nenhuma ação quanto às taxas de juros na conclusão da sua reunião de política de dois dias às 14h ET (18h GMT) nesta quarta-feira, mas os investidores vão primeiro se concentrar declaração e projeções atualizadas sobre o crescimento econômico e taxas de juros, que serão divulgadas simultaneamente com a decisão das taxas para uma primeira avaliação sobre quando o banco central considera o retorno à normalização política.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve participar de uma coletiva de imprensa de 30 minutos após a divulgação, uma vez que os investidores estão aguardando alterações de tom sobre a economia e aumentos futuros das taxas de juros.
De acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed da Investing.com, os mercados estão apostando em uma chance de apenas 15% para um aumento das taxas nesta semana.
Para as reuniões em novembro e dezembro as chances ficaram em 22% e 62,9%, respectivamente.
3. Ações mundiais reagem ao BoJ antes da decisão do Fed
O sentimento de tendência de alta das ações foi impulsionado nesta quarta-feira após a decisão de política do Banco do Japão (BoJ).
As ações asiáticas foram negociadas em forte alta, lideradas pelo avanço de 1,91% no Nikkei 225.
As bolsas europeias também foram negociadas em alta, uma vez que as instituições financeiras da região avançaram quase 2% na esperança de que o Banco Central
Europeu (BCE) seguisse o exemplo do BoJ e implementasse novas medidas de flexibilização.
Nos EUA, os futuros apontaram abertura em alta, embora os ganhos devam permanecer limitados pela cautela antes da decisão do Fed.
4. Petróleo avança após forte queda no abastecimento
Os preços do petróleo avançaram nesta quarta-feira, após terem sido negociados em uma baixa de seis semanas durante a madrugada, uma vez que os participantes do mercado aguardavam novos dados semanais sobre os estoques norte-americanos de produtos brutos e refinados.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute (API) informou que os estoques de petróleo nos EUA apresentaram uma enorme queda de 7,5 milhões de barris na semana encerrada em 16 de setembro.
Esta queda foi divulgada antes de dados oficiais do governo. A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 10h30 ET (14h30 GMT), em meio às expectativas dos analistas para uma alta de 3,4 milhões de barris.
Os futuros de petróleo dos EUA ganharam 2,13% para US$ 44,99 às 5h59 ET (9h59 GMT), ao passo que o petróleo Brent subiu 1,94% para US$ 46,77.
5. OCDE corta projeções de crescimento mundial
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou sua projeção para o crescimento mundial para 2,9% neste ano, em comparação com uma projeção de 3,0% em suas últimas estimativas em junho. Este foi o nível mais baixo desde a crise financeira mundial em 2008-2009.
"Isto é bem abaixo normas anteriores e implica que a globalização medida pela intensidade do comércio pode ter estagnado", disse a organização com sede em Paris.
A OCDE também reduziu sua projeção para o crescimento da economia dos EUA para 1,4% neste ano, em comparação com a estimativa anterior de 1,8%.