As cinco principais notícias desta segunda-feira, 8 de agosto, sobre os mercados financeiros são:
1. Dados de comércio da China decepcionam
As exportações e importações chinesas caíram mais do que o esperado em julho, em um começo difícil do terceiro trimestre, apontando para mais fraqueza na demanda mundial.
A China relatou que a balança comercial para julho ficou em um superávit de US$ 52,31 bilhões, melhor do que os US$ 47,6 bilhões esperados, com as exportações em queda de 4,4%, abaixo da previsão de queda de 3,0% e as importações mostrando um recuo de 12,5%, muito pior do que a queda esperada de 7,0% vista.
Apesar dos dados piores do que o esperado, as ações chinesas mantiveram os ganhos nesta segunda-feira, com os especialistas sugerindo que os dados poderiam forçar o governo e o banco central da potência asiática a implementar mais flexibilização.
2. Ouro opera em baixas de 1 semanas em meio a apostas de aumento de taxas do Fed
Os preços do ouro foram negociados em uma baixa de uma semana nesta segunda-feira, em meio a expectativas ressurgentes para um aumento das taxas de juros nos Estados Unidos até o final deste ano.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os os futuros de ouro com vencimento em novembro caíram 0,62%, para US$ 1.336,10, às 09h55 GMT, ou 05h55 ET.
A leitura positiva sobre a economia norte-americana do relatório de emprego na sexta-feira reacendeu as especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) aumentará as taxas de juros neste ano. Os futuros de fundos do Fed estão apostando atualmente em uma probabilidade de 15% de um aumento das taxas em setembro. A probabilidade para dezembro ficou em torno de 43,4%, acima dos 33% antes do relatório.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, foi negociado em uma alta de uma semana de 96,50, após um relatório de empregos na sexta-feira. O índice estava em 96,27 no início do dia.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
3. Petróleo salta 1% com novas conversas sobre o congelamento da produção
Os preços do petróleo foram negociados em alta nesta segunda-feira, uma vez que esperanças renovadas para um acordo entre os exportadores sobre o congelamento da produção apoiaram o mercado, apesar de uma sobreoferta persistente ter limitado os ganhos.
Vários membros da OPEP desejam reviver a ideia de criar novos limites para a produção de petróleo neste trimestre em um esforço para estabilizar o mercado, de acordo com fontes relacionadas com o assunto.
No entanto, o ministro da Energia russo, Alexander Novak, disse que ele não vê motivos para novas conversas sobre o congelamento de produção ainda, mas está aberto para negociações.
Os futuros de petróleo dos EUA subiram 1,36% para US$ 42,37 às 08h56 GMT ou às 04h56 ET, ao passo que o petróleo Brent avançou 1,15% para US$ 44,78.
4. Ações mundiais em forte alta
As ações asiáticas registraram ganhos sólidos nesta segunda-feira, alimentando-se de uma alta nos EUA no final da semana passada, apesar de números de comércio mistos da China e do Japão.
As bolsas europeias subiram, uma vez que dados otimistas de emprego nos EUA na sexta-feira continuaram impulsionando o sentimento, embora dados de comércio fracos da China tenham limitado os ganhos.
Nos EUA, os futuros apontaram abertura em alta após a geração de vagas de emprego terem estimulado o S&P e o Nasdaq a fecharem em altas históricas na sexta-feira. Às 08h57 GMT, ou 04h57 ET, futuros do Dow subiram 39 pontos, ou 0,21%, os futuros de S&P 500 avançaram 4 pontos, ou 0,20%, ao passo que os futuros de Nasdaq 100 operaram em alta de 13 pontos, ou 0,27%.
5. BoJ dividido sobre eficácia da flexibilização já que Abe planeja orçamento extra
Um resumo das opiniões divulgadas nesta segunda-feira mostrou que os membros do Banco do Japão (BoJ) estavam completamente divididos entre aqueles que defendem flexibilização ilimitada e aqueles convencidos de que o banco central já tinha feito o suficiente.
A informação veio à tona mesmo após o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ter anunciado nesta segunda-feira que um plano de orçamento extra será submetido ao parlamento neste trimestre após a aprovação da última semana de 13,5 trilhões de ienes (US$ 132 bilhões) em medidas fiscais.
Também em destaque, o Imperador do Japão, Akihito, disse nesta segunda-feira que teme que sua idade possa dificultar que suas funções sejam desempenhadas plenamente, observações amplamente vistas como uma possível renúncia.