Investing.com - A Focus Economics divulgou uma ampla análise avaliando o cenário econômico da América Latina, que contará com eleições presidenciais em importantes países como Brasil, Colômbia, México e Venezuela, além do Paraguai e da Costa Rica. As preocupações e riscos são parecidos entre as nações.
Para os analistas da consultoria, está em jogo nesses países a intensidade das reformas políticas e econômicas dos próximos anos, assim como a recuperação da região depois de um período difícil entre 2015-16, época em que o crescimento do PIB foi menor por conta dos preços baixos das commodities e duro ajuste econômico da Argentina.
Apesar disso, a Focus vê uma melhora nítida na economia da região, com a melhora da confiança, das questões financeiras e a alta dos preços das commodities, além de um cenário global mais saudável.
O documento destaca a mudança do alinhamento político do Brasil e da Argentina, que deixaram de governos dito de esquerdas para a direita. Com isso, foi criada uma legislação mais favorável ao mercado.
Apesar disso, os analistas destacam para o risco de novos nomes surgirem, ameaçando assim os ganhos conquistados. Em comum, os países enfrentam uma onda de desânimo e raiva por conta da corrupção, refletida nas avaliações dos atuais presidentes.
Brasil
Sobre nosso cenário, a consultoria destaca como os recentes escândalos de corrupção dizimaram a popularidade dos políticos brasileiros. Esse fator abre espaço para as incertezas do pleito que se realiza em outubro.
Os analistas destacam que a maior parte da população ainda não tem um nome favorito para a presidência, com a liderança ficando o ex-presidente Lula, mas destaca que improvável que ele consiga o registro da candidatura.
A Focus também destaca nomes como o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do deputado Jair Bolsonaro e da ex-ministra Marina Silva. No entanto, destaca os riscos de caso Lula seja eleito venha a promover um governo que vá contra as medidas de ajuste fiscal, prejudicando assim a recuperação do país e da economia da região como um todo.
Ao final, a Focus conclui que ainda é muito cedo para fazer qualquer avaliação mais profunda, visto que os candidatos ainda não estão definidos.