Arena do Pavini - A não aprovação da reforma da Previdência no ano que vem vai ter impactos no crescimento do país, afirma o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, o governo fez simulações de quais seriam os impactos do fracasso na reforma, que levaria a um rebaixamento da nota de crédito do país pelas agências internacionais de risco. “A não aprovação da reforma sensibiliza a economia brasileira por meio do rating e do risco brasileiro”, disse Oliveira, durante seminário Desafios 2018 organizado pelo jornal Correio Braziliense.
Segundo o ministro, se a nota do Brasil for rebaixada, isso aumentará o risco-Brasil, que é o prêmio de risco pago pelo país ao captar recursos no mercado internacional. E isso levaria o dólar a subir em relação ao real, o que pressionaria a inflação, os juros e o crescimento.
Renda menor e dívida maior
Nos cálculos do governo, se o risco-pais, hoje abaixo de 2 pontos percentuais, subir para 3 pontos, o crescimento brasileiro diminuiria 1,3 ponto em 2018, ou seja, de 3% para 1,7% no ano que vem. “Cada brasileiro perderia, em 3 anos, R$ 2,7 mil de renda per capta pela redução do crescimento do país e da criação de riqueza”, estima Oliveira. Já a dívida pública, sem o ajuste da Previdência, aumentaria até 2020 R$ 1.600 para cada brasileiro. “Ou seja, cada brasileiro pode perder R$ 4.500 a R$ 7.000 pela não aprovação da reforma somando a perda de renda e o aumento da dívida.”
Para Oliveira, o pais pode ter um desempenho brilhante ou mediano nos próximos anos dependendo da aprovação das reformas, em especial da Previdência. “Vamos nos empenhar com mais força pela aprovação em fevereiro”, disse o ministro.
Por Arena do Pavini