Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) - Os futuros do milho na bolsa de Chicago subiram nesta quarta-feira, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informar que os exportadores registraram a maior venda diária do grão em mais de um ano.
As altas foram uma reviravolta em relação à queda na terça-feira a uma mínima de quase um mês, à medida que os agricultores norte-americanos aceleravam suas safras de outono. Os futuros do trigo se recuperaram de uma mínima de três semanas.
O USDA, em um sistema de relatório diário, disse que os exportadores venderam 1,6 milhão de toneladas de milho dos EUA para o México, incluindo cerca de 1 milhão de toneladas para entrega até 31 de agosto de 2025.
O anúncio provocou uma cobertura de posições vendidas por especuladores e sinalizou para os gestores de recursos que os preços baixos das safras podem atrair demanda, disse a corretora StoneX.
Os processadores no México passaram a comprar grandes quantidades de milho dos EUA para aproveitar os preços baixos na época da colheita, afirmaram os exportadores. A última maior venda diária de exportação de milho dos EUA registrada pelo USDA foi de 1,7 milhão de toneladas vendidas ao México em 25 de setembro de 2023.
Nesta quarta-feira, o USDA também informou que os exportadores venderam 332.000 toneladas de milho dos EUA para compradores desconhecidos para entrega até 31 de agosto.
"O milho está mais barato do que há algum tempo", disse Matt Wiegand, corretor de commodities da FuturesOne. "Você tem um bom valor do ponto de vista do usuário final."
O contrato futuro de milho mais ativo fechou em alta de 3,5 centavos de dólar, a 4,0475 dólares o bushel.
O trigo na CBOT encerrou em alta de 5,5 centavos de dólar, a 5,85 dólares o bushel, enquanto a soja caiu 11 centavos, a 9,80 dólares o bushel, e atingiu seu preço mais baixo desde 29 de agosto.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Peter Hobson em Canberra)