Ainda que o Goldmand Sachs siga otimista em relação à economia norte-americana em 2017 e mantenha sua aposta de que o Federal Reserve elevará em três ocasiões a taxa de juros neste ano, eles admitem que a fraqueza em alguns dados do mercado de trabalho divulgados na sexta-feira reduz as chances de uma primeira alta em na reunião do FOMC de março.
A mediana das previsões do Fed em dezembro aponta para três elevações neste ano, apesar de os mercados estarem mais céticos, apostando em apenas duas altas.
O economista-chefe do Goldman Sachs Jan Hatzius disse que os dados de emprego de janeiro, publicados na sexta-feira, era “encorajador” e sugeria que os EUA estariam entrando em 2017 com uma “boa quantidade de momentum” que faz com que ele acredite que será um ano mais forte do que 2016.
Hartzius apontou que o Goldman projeta alta no PIB de 2,25% em 2016 contra 1,5% no ano passado. Ele afirmou que os “dados de empregos foram um pouco mistos para a análise do impacto no Fed”.
“Tudo isso nos mostra que uma alta em março se torna menos provável”, afirmou e completou dizendo que o Goldman reduziu as apostas para 15% em um aperto na política monetária na reunião de março.
Harzius, contudo, indica que a probabilidade cumulativa de uma alta em junho estava próxima a 80% e que ainda aguarda três elevações: junho, setembro e dezembro.
De acordo com a Fed Rate Monitor Tool do Investing.com, os fundos futuros do Fed apostam em 9% de chance de uma alta em março. Os mercados parecem concordar com Goldman e apontam para cerca de 63% de possibilidade de alta em junho.
No entanto, a probabilidade de uma segunda alta não ultrapassa a marca de 50% até dezembro e as apostas em três elevações neste ano estão em apenas 31%.