Londres, 13 mar (EFE).- O governo do Reino Unido aumentou nesta terça-feira para 1,5% sua previsão de crescimento econômico em 2018, frente a 1,4% prognosticado em novembro do ano passado, ao ressaltar "o sólido progresso" realizado pelo Executivo para uma "economia que funcione para todos".
O ministro da Economia, Philip Hammond, destacou "o crescimento anual na economia britânica desde 2010", ao atualizar na Câmara dos Comuns as previsões econômicas e fiscais para o Reino Unido na conhecida como Declaração de Primavera.
Hammond também adiantou que a previsão de crescimento para 2019 se mantém em 1,3% e com essa mesma porcentagem para 2020, enquanto sobe até 1,5% para 2022.
Segundo o Escritório de Responsabilidade Orçamentária - órgão supervisor das finanças públicas -, a economia do Reino Unido cresceu 1,7% em 2017, frente a 1,5% previsto no orçamento apresentado em novembro do ano passado, indicou o ministro.
Os dados divulgados por esse órgão, expostos por Hammond, mostraram que a previsão de endividamento do Estado para 2017-2018 será de 45 bilhões de libras (R$ 203 bilhões), o que representa 13 bilhões de libras (R$ 58 bilhões) a menos do que o previsto há um ano.
Quanto à dívida interna, o ministro disse que esse indicador foi revisado para baixo e é um 1% menor que o antecipado em novembro.
Está previsto que a dívida aumentará até representar 85,6% do produto interno bruto de 2017-2018 para depois cair até 85,5% em 2018-2019, e continuar caindo até 85,1%, 82,1%, 78,3% e, finalmente, se situar-se em 77,9% em 2022-2023.
Segundo os prognósticos, será "a primeira queda sustentada na dívida nacional em 17 anos, um ponto de inflexão na recuperação do país desde a crise financeira há uma década", afirmou o político.
Hammond ressaltou que "existe luz ao final do túnel" na economia nacional.
No orçamento deste ano, se fixará um "caminho geral para o gasto público até 2020 e além", comentou, com "uma revisão detalhada da despesa prevista para 2019".
"Se as finanças públicas continuam refletindo as melhorias apontadas no relatório de hoje, segundo o nosso enfoque e empregando a flexibilidade proporcionada pela legislação tributária, terei a capacidade de optar por mais gasto público e investimento nos próximos anos", afirmou o ministro.