Por Kevin Buckland e Sruthi Shankar
TÓQUIO (Reuters) - O iene subia em relação ao dólar nesta sexta-feira, mas parecia estar a caminho de seu maior declínio semanal desde junho, depois que uma série de dados econômicos dos Estados Unidos diminuiu os temores de uma recessão e apoiou as apostas de afrouxamento gradual da política monetária do Federal Reserve.
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O dólar tinha queda de 0,4% em relação ao iene, a 148,67, mas pairava perto da máxima de quinta-feira de 149,40, um nível visto pela última vez em 2 de agosto.
Moedas sensíveis ao risco avançavam, uma vez que a melhora das perspectivas econômicas estimulava uma recuperação das ações.
Dados divulgados na quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para o nível mais baixo em um mês na semana passada e que as vendas no varejo dos EUA tiveram o maior aumento em um ano e meio em julho, frustrando as expectativas de que o Fed pode cortar os juros em 50 pontos-base no próximo mês.
"Estamos no campo que acredita que a desaceleração do crescimento existe, a inflação está desacelerando e o Fed começará a cortar os juros, mas não será uma situação de pânico", disse Salman Ahmed, chefe global de macro e alocação estratégica de ativos da Fidelity International.
"Continuamos com a opinião de que veremos de dois a três cortes, muito provavelmente dois em vez de três, a menos que o aumento da taxa de desemprego que vimos no último relatório de emprego se mantenha."
Operadores estão convencidos de que o Fed reduzirá os juros em 18 de setembro, mas vinham debatendo o tamanho do corte depois que dados surpreendentemente moderados de emprego elevaram as chances de um corte maior de 50 pontos-base no início de agosto.
Atualmente, as chances de tal movimento estão em 28%, abaixo dos 36% registrados um dia antes, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,22%, a 102,810.
O iene seguia atraindo a atenção e, com perdas de cerca de 1,4%, a moeda japonesa estava a caminho de sua maior queda semanal em quase dois meses.