Investing.com - Para o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, existe a possibilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) realizar um corte adicional da taxa de juro básico da economia (Selic) na reunião de fevereiro. As declarações foram dadas durante entrevista à Rádio Jovem Pan. A fala do titular do BC vai em linha com o que mostrou os recentes documentos divulgados.
Segundo Goldfajn, o corte será possível desde que a inflação siga baixa e os risco à economia sigam os mesmos do cenário atual. Caso isso aconteça, ele explica que há a possibilidade de uma redução moderada da flexibilização monetária.
De acordo presidente da autoridade monetária, o BC está preparado para as oscilações comuns em um ano eleitoral e qualquer que seja o cenário em relação à evolução da economia. As reservas internacionais, de acordo com Goldfajn, estão em cerca de US$ 382 bilhões.
“Começamos o ano com bastante reserva, de 20% do Produto Interno Bruto, reduzimos a quantidade de swap cambiais e começamos com inflação baixa, que também é um colchão”, disse. “Tudo isso nos dá uma segurança para que estejamos preparados para qualquer cenário”, completou na entrevista à rádio.
Sobre um eventual rebaixamento do rating brasileiro, Goldfajn comentou, sem citar essa hipótese, que o BC “tem de levar em conta tudo isso”. “As reformas, os ajustes e os riscos, mas também do outro lado a inflação está bem comportada, os núcleos e as nossas projeções estão bem. ”
A próxima reunião do acontece nos dias 6 e 7 de fevereiro. O mercado projeta corte de 0,25 ponto percentual, para 6,75%.