O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2,8 pontos no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O indicador, que mede o ímpeto de investimento das indústrias, caiu para 105,1 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.
Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2017, houve redução tanto da parcela de empresas que preveem investir mais (de 25,6% para 21,1%), quanto das que preveem investir menos (de 17,7% para 16%).
Segundo a pesquisa, o grau de incerteza aumentou nas empresas industriais. As empresas incertas quanto à execução do plano de investimentos cresceram de 21,3% no segundo trimestre deste ano para 27,3% no trimestre seguinte.
O percentual de empresas certas de seus planos de investimentos também cresceu, mas em ritmo mais moderado, já que subiu de 25% no segundo trimestre para 28,2% no terceiro trimestre.
Segundo a FGV, a queda de 2,8 pontos do Indicador de Intenção de Investimentos “retrata bem a dificuldade de acelerar investimentos em um ambiente de elevadas ociosidade e incerteza. O setor industrial coloca-se em compasso de espera por notícias que aumentem o grau de certeza quanto ao rumo da economia no horizonte de dois a três anos”, diz a nota da FGV.