Investing.com - O Itaú (SA:ITUB4) divulgou nesta sexta-feira (9) a revisão de sua projeção para o corte dos juros, prevendo agora que a taxa Selic será reduzida para 6,5% na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), com o ciclo de corte sendo reduzido a partir de então.
Na visão do banco, desde a divulgação da ata da última reunião do comitê, os dados divulgados desde então compõem uma surpresa significativa o suficiente para levar o Banco Central a desviar de seu plano de voo e adicionar um estímulo final na próxima reunião.
Na ata da reunião, a principal mensagem do colegiado foi que a intenção de manter, a taxa básica de juros inalterada em sua próxima decisão, marcada para o dia 21 de março. No entanto, isso foi condicionado a não existência de surpresas de inflação para baixo na inflação.
O Itaú também destacou que as melhoras continuam nos resultados fiscais do curto prazo. Com isso, o banco reduziu as estimativas do déficit primário para 2018 de 2,0% do PIB, ou R$ 145 bilhões, para 1,9% do PIB, ou R$ 137 bilhões.
Os analistas explicam que revisão reforça a visão de que o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 161 bilhões (2,2% do PIB) e do teto para os gastos públicos devem ser menos desafiadores este ano. Em particular, os resultados fiscais de 2018 serão favorecidos por maiores receitas extraordinárias, principalmente as relacionadas a programas de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), e por menores gastos obrigatórios com subsídios.
Além disso, o banco estima crescimento de 3,0% para o PIB de 2018 e de 3,7% para o ano seguinte. A previsão do dólar para o fechamento do atual calendário permanece em R$ 3,25 e de R$ 3,30 para o próximo. Para o IPCA, o Itaú vê a infação em 3,5% no final de 2018 e em 4,0% para 2019.