BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez neste sábado um apelo às parentes dos policiais para que encerrem os bloqueios na frente dos batalhões da Polícia Militar no Espírito Santo e encerrem a paralisação que já dura uma semana.
Em visita ao Espírito Santo, Jungmann disse que as forças federais presentes no Estado permanecerão até que a normalidade na segurança seja totalmente recuperada.
"Aos familiares, esposas e mães: existem vidas em risco e a legitimidade de qualquer reivindicação tem como limite a garantia da vida", disse o ministro.
A greve levou o governo federal a enviar mais tropas na tentativa de encerrar uma semana de anarquia no Estado, onde mais de 137 pessoas foram mortas.
O Espírito Santo é um dos vários Estados que enfrentam uma crise orçamentária que está prejudicando serviços públicos essenciais para milhões de cidadãos.
A greve policial na última semana, por causa de salários, causou uma crise de segurança que levou a assaltos desenfreados, roubos e saques, muitas vezes em plena luz do dia.
A Procuradoria-Geral da República, afirmou, em nota, que "estuda a possibilidade de postular a federalização de crimes como o de motim".
"A reunião de hoje demonstra que as instituições estão trabalhando para garantir a ordem pública. O MPF, por meio da Procuradoria-Geral da República e da Procuradoria da República no Espírito Santo, está dando sua contribuição para resolver o problema de forma profissional, serena e equilibrada", disse, por meio da nota, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que também esteve no sábado em Vitória.
(Texto de Leonardo Goy)