Dólar tem leve alta em dia de baixa liquidez e novidades sobre impasse Brasil-EUA
Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os futuros do milho e da soja em Chicago oscilaram em torno de mínimas de vários meses nesta quinta-feira, com o milho renovando mínimas históricas contratuais, à medida que o clima favorável nos Estados Unidos e as expectativas de safra recorde no Brasil mantiveram a pressão sobre a oferta.
O trigo caiu pelo quarto dia, com o avanço da colheita nos EUA e o aumento das expectativas sobre a produção russa também mantendo o foco na ampla oferta global.
O milho de setembro na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) caiu 1 centavo de dólar, a US$4,04 por bushel. Mais cedo, havia recuado para o seu nível mais baixo desde outubro em um gráfico contínuo, em US$4,0225, na mais recente de uma série de mínimas em 2025.
"O milho já teve muitos movimentos nesta semana e está fazendo uma pausa antes deste fim de semana", disse Dan Basse, presidente da AgResource.
A soja de novembro na CBOT caiu 1,75 centavo, a US$10,2775 por bushel, após atingir mais cedo seu menor patamar desde abril, em US$10,16. O trigo na CBOT perdeu 7,75 centavos, fechando a US$5,3675.
Agricultores brasileiros produzirão um recorde de 123,3 milhões de toneladas de milho na segunda safra, mostrou projeção da Agroconsult divulgada na terça-feira após vistoria em lavouras nas principais regiões produtoras do país. Estima-se que o país já tenha colhido uma safra recorde de soja este ano.
Na segunda-feira, os mercados de grãos também estarão atentos aos relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre o progresso das safras e os estoques trimestrais.
A consultoria IKAR elevou nesta quinta-feira sua previsão para a produção de trigo russo em 2025, de 83,8 milhões para 84,5 milhões de toneladas, juntando-se a outros analistas que também aumentaram suas estimativas para a próxima safra.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Ella Cao e Lewis Jackson em Pequim)