Morgan Stanley: Fed deve manter juros em 2025; inflação segue como prioridade

Publicado 21.05.2025, 08:59
© Reuters

Investing.com — O Federal Reserve deve manter as taxas de juros no patamar atual até o fim de 2025, com foco prioritário no controle da inflação, mesmo diante da fraqueza na atividade econômica, segundo análise do Morgan Stanley (NYSE:MS).

Na última reunião, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa de 4,25% a 4,5%, destacando sinais de resiliência na economia, apesar dos desafios.

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Ainda assim, a autoridade monetária manifestou preocupação crescente com os riscos associados tanto à inflação quanto ao desemprego. O presidente do Fed, Jerome Powell, chamou atenção especial para a incerteza em torno dos efeitos da ampla política tarifária adotada pelo presidente Donald Trump.

Embora a Casa Branca tenha adiado temporariamente a aplicação de algumas tarifas mais severas para diversos países, essas suspensões têm prazo determinado e devem expirar nos próximos meses. Mesmo com o arrefecimento parcial das tensões comerciais, seguem vigentes tarifas universais de 10%, além de impostos adicionais sobre produtos como aço, alumínio, automóveis e autopeças. De acordo com algumas estimativas, a tarifa média aplicada pelos EUA hoje é a mais alta desde a década de 1930.

Economistas alertam que essa escalada tarifária pode gerar impactos negativos sobre a maior economia do planeta. Apesar disso, em relatório distribuído a clientes, os analistas do Morgan Stanley afirmam que, no atual cenário, o Fed deve priorizar o combate à inflação, considerando-a um risco mais relevante do que a desaceleração econômica.

“Embora acreditemos que a inflação global deva ceder gradualmente, o cenário dos EUA é distinto, justamente pela imposição das tarifas”, destaca o relatório. A expectativa é que a trajetória de queda da inflação em direção à meta de 2% do Fed seja interrompida no fim de 2025, quando o efeito pleno do repasse tarifário deve atingir seu pico.

Diante desse panorama, o Morgan Stanley projeta que o Federal Reserve deve retomar o ciclo de corte de juros a partir de março de 2026, com reduções que poderão levar a taxa básica para abaixo do nível considerado neutro — aquele que nem estimula nem restringe o crescimento econômico.

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