Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O protesto de mulheres de policias militares na porta de batalhões da PM do Rio de Janeiro continua nessa sábado e ocorre em 29 quartéis e unidades da corporação de todo o Estado , mas a situação é considerada normal pela PM.
Segundo a polícia, 97 por cento do efetivo previsto está nas ruas nesse sábado para o patrulhamento de ruas e avenidas do Estado.
"A situação é de total controle, apesar de muitos eventos na cidade, como bloco de carnaval, campeonato estadual de futebol, além do patrulhamento ostensivo rotineiro, está tudo funcionando. Há algum tipo de problema em cinco batalhões, em que há bloqueios e estamos usando helicópteros para retirar os policiais", disse à Reuters o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
As manifestações de mulheres de policiais começaram na noite de quinta-feira em um ato que visa chamar a atenção para o atraso no pagamento de salários e premiações dos PMs.
Desde o início da mobilização, há protestos em cerca de 30 unidades da PM em todo Estado e, em alguns quartéis, há bloqueio nas entradas que impedem a saída de viaturas.
" A polícia não parou, não vai parar e tenho apoios importantes para proteger a sociedade", disse a jornalistas o secretário de segurança do Estado, Roberto Sá, na noite de sexta-feira.
Nos batalhões com bloqueios, as mulheres dos PMs revistam mochilas e carros particulares dos policiais que saem dos quartéis. Para tentar driblar o ato, algumas trocas de turno, refeições e abastecimento de viaturas acontecem fora dos batalhões.
Ainda nesse sábado deve ocorrer uma reunião entre o comando da corporação e líderes do movimento para se tentar chegar a um acordo.
" A Polícia Militar reitera que respeita o direito democrático de manifestação pacífica, mas é fundamental que as formas de buscar os nossos direitos não impeçam o ir e vir dos nossos policiais, nem coloquem em risco as nossas vidas, dos nossos familiares e de toda a população", informou a PM em nota oficial.
(Edição de Leonardo Goy)