Investing.com - A volatilidade segue presente nos negócios com do Tesouro Direto, o que levou o Tesouro Nacional a suspender, mais uma vez, na manhã desta segunda-feira a operação com os títulos públicos, às 10h18, com previsão de retorno às atividades às 12 horas.
Na quarta-feira, antes do feriado, as operações do Tesouro Direto também foram suspensas na parte da manhã, voltando a ser interrompidas de tarde, até o momento da suspensão definitiva dos negócios no dia.
A volatilidade nas taxas ofertadas tem provocado seguidas suspensões do Tesouro Direto seguem desde de as últimas semanas, causada pelo caos político e econômico da greve dos caminhoneiros e também a flutuação dos títulos do Tesouro nos Estados Unidos. Os papéis americanos, com data de 10 anos, operam com alta de 0,88% a 2,920%.
Os papéis indexados ao IPCA, com data de vencimento em 2024, rendiam 5,23% ao investidor, enquanto os papéis mais longos, com vencimento em 2045, o rendimento era de 5,62%. Já os com pagamento semestral de juros, a taxa era de 5,24% para 2026 e de 5,50% para 2050.
Já os prefixados, com data de vencimento em 2021, o rendimento era de 8,67% antes da suspensão, de 11,09% para 2025 e de 11,29% nos de 2029, com pagamento de juros semestrais.
Estatísticas
O Tesouro divulgou no dia 30 a estatística dos leilões de recompra de NTN-F realizados nesta semana. Nos últimos três dias, o governo comprou R$ 2,131 bilhões em títulos, contra expectativa de R$ 3,25 bilhões do Tesouro.
Segundo o subsecretário da Dívida Pública, José Franco de Morais, não é possível afirmar por que os investidores ofereceram ao Tesouro menos que o volume esperado. Segundo ele, uma possível explicação está no feriado nos Estados Unidos na segunda-feira (28), que reduziu o volume de negócios. Ele destacou que a NTN-F é um papel muito demandado por investidores estrangeiros.
Morais explicou que o Tesouro cancelou os leilões para não assumir as taxas pedidas pelos investidores em momentos de instabilidade como o atual. Ele destacou que a NTN-F de dez anos chegou a atingir hoje 12,2% ao ano, contra uma taxa Selic atual de 6,5% ao ano. Os juros representam a medida de desconfiança dos investidores em relação ao emissor dos títulos. Quanto maior o receio, maior a taxa pedida.
Com Agência Brasil.