Investing.com - Nesta semana, os mercados financeiros globais continuarão observando o presidente eleito Donald Trump, que fará o juramento presidencial e o discurso de posse nesta quinta-feira.
Além disso, alguns representantes do Federal Reserve devem fazer pronunciamentos esta semana, incluindo a presidente, Janet Yellen. Os investidores aguardam mais pistas sobre a possibilidade de maiores taxas de juros nos próximos meses.
Enquanto isso, no Reino Unido, os players do mercado estarão atentos ao tão esperado discurso da primeira-ministra Theresa May, na terça-feira, quando ela dará mais detalhes sobre a abordagem que sua administração fará em relação ao Brexit.
Na zona do euro, os investidores aguardarão o resultado da reunião do Banco Central Europeu, na quinta-feira, para mais detalhes sobre o futuro do enorme programa de estímulo da região.
A China deve divulgar dados de crescimento do quarto trimestre, com os investidores olhando de perto em meio a preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista dos cinco principais eventos do calendário econômico que têm mais chances de afetar os mercados.
1. Posse do presidente eleito, Donald Trump
Dez semanas após chocar o mundo ao vencer as eleições americanas, Donald Trump será empossado como 45º presidente dos Estados Unidos às 15h, no horário de Brasília, na sexta-feira, em Washington, D.C.
Os investidores aguardam qualquer detalhe que ele possa dar a respeito de suas promessas de reforma tributária, aumento dos investimentos em infraestrutura e redução da regulamentação, bem como suas visões a respeito da economia da China e da dos EUA.
O presidente eleito, Trump, tem sido apontado como o grande catalisador do impressionante rali do mercado desde o dia da eleição, ainda que ele não tenha dado detalhes sobre suas políticas econômicas.
Os mercados mostraram frustração na semana passada, após Trump não dar nenhum detalhe sobre suas promessas de aumentar os gastos fiscais e reduzir os tributos na tão aguardada coletiva de imprensa da quarta-feira.
2. Janet Yellen discursa
Alguns membros decisores do Fed farão aparições públicas esta semana, que podem dar alguma indicação sobre o quão divididos eles estão a respeito do aumento dos juros nos próximos meses.
Na terça-feira, teremos aparições do presidente do Fed de Nova Iorque, William Dudley, de Lael Brainard, um dos diretores do Fed, e do presidente do Fed de São Francisco, John Williams.
Na quarta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen falará sobre economia ao Commonwealth Club de São Francisco às 18h (horário de Brasília).
Na quinta-feira, o presidente do Fed de São Francisco, Williams, e o do Fed de Boston, Eric Rosengren, devem discursar. E mais tarde, a presidente do Fed, Yellen, falará em um evento na Universidade de Stanford às 23h.
E finalmente, na sexta-feira, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, e o presidente do Fed de São Francisco, Williams, devem dar seus pareceres.
Os mercados ainda não estão convencidos da projeção do Fed de três aumentos de juros em 2017. Ao invés disso, os investidores estão apostando em apenas dois aumentos das taxas de juros durante este ano, de acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com.
3. Primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fala sobre o Brexit
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, falará sobre a abordagem que sua administração tomará em relação ao Brexit, em um discurso na Lancaster House em Londres na terça-feira, antes de uma audiência, que conta com a presença de diplomatas estrangeiros, da equipe de negociações do Brexit da Grã-Bretanha e de outros representantes.
May já afirmou que invocará o artigo 50, que inicia o processo formal de saída da União Europeia, no fim de março, mas não deu muitos detalhes sobre o tipo de acordo que ela buscará, o que frustrou alguns investidores, empresários e membros do poder legislativo.
Muitos acreditam que ela aumentará muito a rigidez quanto à imigração, o que pode custar o acesso da Grã-Bretanha ao mercado unificado, desvalorizando muito a libra.
4. Reunião de política do Banco Central Europeu
A mais recente decisão sobre taxas de juros do Banco Central Europeu sairá às 10h45 (horário de Brasília) da quinta-feira, com a maioria dos participantes do mercado esperando que nada mude em relação às políticas, após o banco central surpreender e afirmar que diminuirá sua compra de títulos mensal para 60 bilhões de euros a partir de abril, recuando do valor de 80 bilhões de euros atualmente.
O foco das atenções será na coletiva de imprensa do presidente Mario Draghi, 45 minutos após o pronunciamento.
Uma recente enquete da Reuters revelou que se acredita que o próximo movimento do BCE, depois de abril, quando reduzirá a compra mensal de títulos, será a redução do programa de quantitative easing (injeção de dinheiro novo na economia), mencionando sinais de estabilização econômica e aumento da inflação.
5. PIB do 4º trimestre da China
A China divulgará os dados do produto interno bruto do quarto trimestre às 00h00, na madrugada de quinta para sexta. Espera-se que o relatório mostre que a segunda maior economia do mundo cresceu 6,7% nos últimos três meses do ano. A economia cresceu em um número parecido no terceiro trimestre e, caso a estimativa para o quarto seja confirmada, pode ser um sinal de que o crescimento da China finalmente tenha voltado aos eixos.
O Asian nation também publicará dados de produção industrial de dezembro, {{ecl-460||investimento em ativos fixos} e vendas no varejo junto com o relatório do PIB.
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