Investing.com - Esta semana, mercados financeiros do mundo todo se concentrarão no relatório de emprego dos EUA com o intuito de avaliar como esses números impactarão a perspectiva de política monetária do Fed até o fim do ano.
Além disso, agentes do mercado estarão atentos à leitura revista dos dados sobre o crescimento dos EUA no segundo trimestre na busca de mais indicações sobre a força da maior economia do mundo.
Enquanto isso, na Europa, investidores aguardarão dados mensais de inflação para avaliar o momento em que o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa massivo de compra de ativos.
No Reino Unido, investidores se concentrarão em relatório sobre a produção industrial na busca de mais indicações sobre o efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo sobre a economia.
Na Ásia, participantes do mercado aguardarão os dados mensais sobre o setor industrial da China em meio a recentes sinais de que a força da segunda maior economia do mundo permanece forte.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.
1. Relatório de Emprego dos Estados Unidos
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de agostos sobre folhas de pagamento não agrícolas nesta sexta-feira às 9h30 (horário de Brasília).
O consenso das previsões indica que os dados mostrarão que houve acréscimo de 180.000 empregos este mês, na sequência do aumento de 209.000 em julho, e a taxa de desemprego deve permanecer estável em 4,3%.
A maior parte das atenções provavelmente se voltará aos números relativos à média de ganhos semanais por hora, que devem subir 0,2% após terem aumentado 0,3% no mês anterior.
Um relatório de empregos positivo indicaria uma melhora na economia e daria sustentação para maiores taxas de juros nos próximos meses, ao passo que um relatório fraco aumentaria as incertezas sobre a perspectiva econômica e deixaria mais remota a possibilidade de maior endurecimento da política monetária.
2. PIB do segundo trimestre dos EUA revisto
O Departamento de Comércio dos EUA deverá divulgar os números revistos sobre o crescimento econômico do segundo trimestre às 09h30 (horário de Brasília).
Os dados devem mostrar que a economia cresceu em taxa anual de 2,7% no trimestre de abril a junho, uma revisão para cima a partir da estimativa preliminar de 2,6% e uma melhora considerável em comparação ao crescimento de 1,4% no primeiro trimestre.
Além do relatório mensal de empregos, o calendário desta semana também traz dados norte-americanos sobre renda pessoal e gastos pessoais, no qual estão incluídos os dados da inflação das despesas de consumo pessoal, a métrica preferida do Fed para a inflação.
Relatórios sobre a atividade do setor industrial do ISM, confiança do consumidor do CB, folhas de pagamento do setor privado da ADP e números de vendas de automóveis no mês também estão na agenda.
Os mercados continuam a duvidar que o Fed eleve pela terceira vez esse ano por conta de preocupações com a perspectiva moderada de inflação, mas esperam amplamente que o início do processo de redução do balanço patrimonial ocorra em setembro.
Investidores provavelmente também continuarão a se preocupar com as últimas manchetes de Washington.
3. Números da inflação da zona do euro
A zona do euro publicará seus números da inflação em agosto às 06h00 (horário de Brasília) da próxima quinta-feira.
O consenso das projeções indica que o relatório mostrará que os preços ao consumidor subiram 1,4% neste mês após terem subido 1,3% em julho, mas permanecendo aquém da meta do BCE de pouco abaixo de 2%.
Talvez de forma mais significativa, os números do núcleo da inflação, sem os preços voláteis de energia e alimentos, têm projeções de permanecer em 1,2% a partir do mês anterior.
Alemanha, França, Itália e Espanha divulgarão seus relatórios próprios de IPC durante a semana.
No início de agosto, o BCE manteve os custos de crédito em níveis mínimos recordes e pediu paciência e persistência para levar a inflação de volta à sua meta, com decisores acrescentando que as discussões sobre o futuro do programa de compra de ativos do banco central ocorreriam no outono.
4. PMI industrial do Reino Unido
O Reino Unido divulgará uma leitura da atividade do setor industrial no mês de agosto na próxima sexta-feira às 05h30 (horário de Brasília), em meio a expectativas de uma pequena redução de 55,1 no mês anterior para 55,0 neste mês.
Alguns decisores do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) começaram a pedir taxas mais altas de juros nos próximos meses devido a um aumento recente na inflação, que foi causa, em grande parte, pela queda no valor da libra após a decisão do Brexit no ano passado.
No entanto, uma série recente de dados fracos e mais incertezas quanto ao impacto do Brexit na economia arrefeceram as especulações de que o BoE estaria pronto para começar a remover seu estímulo em nível de crise.
5. Dados da indústria chinesa
A Federação Chinesa de Logística e Compras deve divulgar dados sobre a atividade do setor industrial em agosto às 22h00 (horário de Brasília) da próxima quinta-feira, em meio a expectativas de uma redução modesta da leitura de 51,4 em julho para 51,3.
O índice industrial Caixin, que se concentra principalmente em pequenas e médias empresas, está previsto para ser divulgado às 22h45 (horário de Brasília) da próxima segunda-feira. Espera-se que o estudo tenha redução de 0,1 ponto e fique em 51,0.
Qualquer valor acima de 50,0 aponta expansão, ao passo que leituras abaixo de 50,0 indicam contração na indústria.
A economia da China cresceu 6,9% no segundo trimestre, o que foi mais do que o esperado e compatível com o ritmo do primeiro trimestre, com sustentação de fortes exportações, produção industrial e consumo.
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