Pedidos de maquinário do Japão caem em maio, lançando dúvidas sobre recuperação

Publicado 10.07.2024, 21:33
© Reuters.

As principais encomendas de máquinas do Japão, um importante indicador de despesas de capital, caíram pelo segundo mês consecutivo em maio, sinalizando possíveis desafios à frente para as esperanças do país de uma recuperação econômica sustentável. Os dados, divulgados na quinta-feira, mostraram uma queda de 3,2% em relação ao mês anterior, desafiando as expectativas dos analistas de um aumento de 0,8%.

Essa desaceleração segue uma queda de 2,9% em abril, ressaltando o estado frágil da economia. O Gabinete revisou sua avaliação dos pedidos de máquinas, indicando uma pausa na coleta prevista anteriormente. Embora os pedidos principais, que excluem números voláteis de construção naval, reparos e geração de eletricidade, tenham tido um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior, eles ainda devem cair 1,6% no segundo trimestre.

A redução nos pedidos de maquinário pode representar um desafio para os esforços do Banco do Japão (BOJ) para normalizar a política monetária. O Banco do Japão, que elevou as taxas de juros em março pela primeira vez desde 2007, também reduziu a compra de dívida do governo em junho como parte de sua estratégia de reversão.

Apesar desses contratempos, os gastos de capital continuam sendo um ponto positivo na economia japonesa, impulsionados pela demanda por tecnologia que economiza mão de obra e iniciativas de transformações digitais e verdes destinadas a aumentar a produtividade do trabalho e lidar com a escassez de mão de obra.

O governo estabeleceu uma meta ambiciosa para que o investimento doméstico nominal, incluindo pesquisa e desenvolvimento, ultrapasse 100 trilhões de ienes (US$ 619,08 bilhões) até o ano fiscal de 2028. Esse compromisso reflete a importância do investimento de capital na estratégia econômica do Japão.

Em relatórios anteriores deste mês, os dados do produto interno bruto (PIB) do Japão revelaram uma queda trimestral de 0,4% no investimento privado não residencial, contribuindo para uma contração econômica mais significativa do que o inicialmente previsto no primeiro trimestre.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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