FRANKFURT (Reuters) - As projeções de inflação da zona do euro a longo prazo permanecem bem ancoradas perto da meta do Banco Central Europeu (BCE), mas o crescimento do Produto Interno Bruto será mais fraco do que se pensava anteriormente, mostrou nesta sexta-feira uma pesquisa do BCE com analistas.
A inflação, agora em 0,4 por cento, deve chegar a 1,8 por cento em 2021, em linha com as projeções anteriores, mostrou a pesquisa com 47 especialistas.
A inflação não atingiu a meta de quase 2 por cento do BCE durante anos, com o desemprego elevado limitando os salários, os elevados níveis de endividamento sufocando o investimento, a demanda por bens e serviços permanecendo fraca e os preços do petróleo em forte baixa pressionando os custos de insumos.
Para 2016, no entanto, a inflação será menor do que se pensava anteriormente, com a pesquisa indicando uma leitura de 0,2 por cento, abaixo do 0,3 por cento previsto anteriormente, mostrou a pesquisa.
As perspectivas de crescimento do PIB para 2018 e a longo prazo se deterioraram, com previsões para 2018 e 2021 em 1,5 por cento e 1,6 por cento respectivamente, cada uma 0,1 ponto percentual a menos do que há três meses.
Para este ano, as projeções para o crescimento do PIB têm melhorado, com a pesquisa prevendo expansão de 1,6 por cento neste ano, acima da marca de 1,5 por cento prevista há três meses. Esse número ainda é menor do que as previsões de 1,7 por cento da equipe do BCE.
(Por Maria Sheahan)