SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras negou nesta sexta-feira que tenha contratado o JPMorgan para mapear investidores interessados em adquirir reservas de petróleo sob concessão da estatal, inclusive no pré-sal.
Em um esclarecimento ao mercado, a Petrobras reiterou que está "revisando seu planejamento financeiro e entende que deverá ser necessário reduzir seus investimentos, elevar os desinvestimentos, assim como estudar outras possibilidades de financiamento e de incremento do fluxo de caixa".
O esclarecimento foi motivado por uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no dia 26, afirmando que a Petrobras tinha contratado o JPMorgan para vender ativos, inclusive no pré-sal.
A matéria do jornal foi publicada um dia depois de a Reuters noticiar que o JPMorgan tinha sido contratado pela Petrobras para conduzir um processo de venda de 3 bilhões de dólares de ativos que poderiam incluir imóveis e licenças de exploração. Mas a Reuters não mencionou que ativos no pré-sal estariam entre os ativos negociáveis.
A venda de ativos se tornou imperativa para a Petrobras depois que a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a estatal para grau especulativo ("junk") e alertou que mais cortes do rating são possíveis adiante.
A Petrobras está no centro de um escândalo bilionário de corrupção por sobrepreço de obras, envolvendo ex-funcionários, executivos de empreiteiras e políticos.
(Por Guillermo Parra-Bernal)