Em setembro, o mercado imobiliário de Hong Kong experimentou seu quinto mês consecutivo de queda nos preços das casas. Os dados oficiais divulgados na terça-feira indicam uma desaceleração persistente no setor imobiliário, que os especialistas antecipam que pode estar se aproximando de seu ponto mais baixo após recentes intervenções políticas.
O custo das residências privadas em Hong Kong caiu 1,7% em setembro em comparação com o mês anterior. Desde dezembro, os preços tiveram uma queda acumulada de 7,5%. Além disso, desde o pico em 2021, os valores das casas despencaram 27,7%, marcando o nível mais baixo desde agosto de 2016. Esse declínio é atribuído a vários fatores, incluindo taxas de hipoteca mais altas, êxodo de profissionais e uma previsão de mercado geralmente pessimista.
Apesar da desaceleração, os profissionais do setor imobiliário transmitem um senso de otimismo cauteloso. Eddie Kwok, Diretor Executivo da CBRE Hong Kong, afirmou: "Podemos ver os preços residenciais atingindo o fundo em breve após cinco meses de declínio." Martin Wong, Diretor Sênior da Knight Frank, prevê uma queda aproximada de 8% nos preços para o ano inteiro, com expectativas de uma recuperação à medida que as taxas de juros começarem a diminuir.
Analistas da UBS projetam uma potencial alta nos preços das casas de até 5% em 2025, impulsionada pela crescente demanda da China continental e pela queda nas taxas de hipoteca. Essa perspectiva otimista segue a decisão de fevereiro de abolir o imposto de selo adicional cobrado dos compradores estrangeiros.
O mercado imobiliário de Hong Kong, conhecido por seus custos de habitação exorbitantes, viu uma diminuição na demanda desde maio, após uma breve recuperação quando todas as restrições de compra de propriedades foram levantadas em fevereiro. Corretores sugerem que grande parte da demanda acumulada foi satisfeita, e as incorporadoras imobiliárias têm oferecido novos apartamentos com descontos significativos para estimular as vendas.
Em um esforço para revitalizar o mercado, o governo recentemente tomou medidas como reduzir a proporção de entrada para 30% para todas as propriedades. Além disso, o governo expandiu seu esquema de imigração por investimento para incluir casas de luxo avaliadas em mais de 50 milhões de HK$ (6,43 milhões de dólares).
Em uma medida relacionada, os principais bancos de Hong Kong, incluindo HSBC e Bank of China (Hong Kong), reduziram suas taxas de empréstimo preferenciais em 25 pontos base em setembro, seguindo o exemplo do Federal Reserve dos EUA. Essa redução foi inesperada, já que a moeda de Hong Kong está atrelada ao dólar americano, e os bancos locais geralmente definem suas taxas independentemente, com base em seus custos de financiamento.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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