SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que espera a aprovação da reforma da Previdência na segunda quinzena de novembro e, caso ela não passe, o governo terá de tomar outras medidas e reduzir despesas.
"É prematuro", afirmou Meirelles a jornalistas ao ser questionado quais ações o governo adotaria caso a reforma não saia do papel.
Durante evento em São Paulo, Meirelles disse ainda que a aprovação da reforma da Previdência neste ano é de interesse de todas as "correntes políticas" que têm pretensões em 2018, nas eleições.
"Se a reforma da Previdência não for agora, dificilmente será em 2018", afirmou ele.
Segundo o ministro, a reforma tributária será a mais importante depois que a da Previdência for resolvida, apesar de reconhecer que o tema é complexo por envolver outros entes, como Estados e municípios.
Meirelles disse ainda que não é pré-candidato na eleição presidencial de 2018 e repetiu que está focado na agenda econômica. "Não sou pré-canditado", afirmou ele ao ser questionado como via o cenário político de 2018. "Estou totalmente concentrado na agenda econômica", acrescentou.
Nos bastidores, Meirelles tem trabalhado para tentar se cacifar como candidato à Presidência. No início de outubro, a Reuters noticiou que o ministro já tinha uma equipe com pessoas ligadas à Fundação Getulio Vargas (FGV) para orientá-lo e, entre outras tarefas, monitorar as repercussões sobre suas ações nas redes sociais de olho nas eleições presidenciais de 2018.
(Reportagem de Thaís Freitas)