BRASÍLIA (Reuters) - A reforma da Previdência deverá ser pautada na Câmara dos Deputados até a primeira semana de dezembro, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterando que a aprovação do texto é imprescindível para o equilíbrio das contas públicas.
"Presidente (da Câmara) Rodrigo Maia (DEM-RJ) está pensando em colocar isso em votação na primeira semana de dezembro. Finalzinho de novembro, primeira semana de dezembro. E aí fazer um processo rápido de maneira a concluir a votação de primeiro e segundo turno na Câmara ainda neste ano", disse o ministro a jornalistas, após participar de evento em Salvador.
"No Senado vamos ver. Se for possível, ótimo, melhor. Agora o importante é que se aprove nos dois turnos na Câmara dos Deputados ainda neste ano", acrescentou.
Segundo Meirelles, a reforma manterá a instituição de uma idade mínima para concessão de aposentadorias, além de um período de transição e um regime único para servidores públicos e para trabalhadores da iniciativa privada.
O ministro também destacou que o relator do texto na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deverá apresentar nesta semana sua proposta mais enxuta para a reforma.
Sobre a atividade econômica, o ministro apontou que a estimativa de crescimento para 2018 deverá ser revista para cima "no início de dezembro".
Nesta segunda-feira, o relator de receitas do projeto de lei orçamentária anual (PLOA) de 2018, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), elevou a perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a 2,5 por cento, ante 2,0 por cento na peça enviada pelo governo, e passou a estimar um acréscimo de 4,9 bilhões de reais nas receitas primárias líquidas da União. [nL1N1NQ0KA]
Ao ser questionado sobre eventual candidatura à Presidência, Meirelles voltou a repetir que está no momento focado em seu trabalho à frente da Fazenda.
"Inclusive para mim, para meu legado, eu acho que é importante que eu esteja concentrado 100 por cento no meu trabalho no Ministério da Fazenda, na economia brasileira, e no ano que vem aí vamos decidir como é que vamos prosseguir a partir do segundo trimestre", afirmou.
Perguntado se eventual investida seria pelo PSD, partido ao qual é filiado, ele respondeu "não sei".