(Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, repetiu nesta segunda-feira que é preciso dar continuidade aos ajustes e reformas, sobretudo a da Previdência, para o equilíbrio da economia, com consequências favoráveis para a desinflação.
"Frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação", afirmou Ilan em apresentação durante evento em Vitória (ES).
Ilan repetiu que, para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, neste momento era "adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária".
E acrescentou que havia "consenso em manter liberdade de ação e adiar qualquer sinalização sobre as decisões futuras de política monetária".
O presidente do BC ponderou ainda que o processo de flexibilização continuava dependendo da "evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".
No mês passado, o BC reduziu a Selic a 7,5 por cento ao ano, indicando que continuaria cortando em dezembro e mantendo a porta aberta para mais um movimento em fevereiro, diante da baixa inflação e recuperação gradual da atividade.
A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC mostrou que o Top-5, grupo dos economistas que mais acertam as previsões, já passou a um corte em fevereiro de 0,50 ponto percentual, com a Selic terminando 2018 a 6,5 por cento depois de encerrar 2017 a 7 por cento.
(Por Patrícia Duarte)