CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago caíram nesta quarta-feira, com a previsão de chuvas para as áreas ressecadas da Argentina nas próximas semanas e pressionados pela alta do dólar.
O contrato março caiu 2,75 centavos, a 9,945 dólares por bushel.
O farelo de soja recuou 2,70 dólares, fechando em 300,80 dólares por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,34 centavo, fechando em 41,59 centavos de dólar por libra-peso.
As chuvas previstas para a Argentina em meados de janeiro devem trazer alívio para a soja e o milho na região agrícola central atingida por um recente período de seca, disse um climatologista da bolsa de Buenos Aires à Reuters na quarta-feira.
O clima seco está limitando o desenvolvimento da soja no Rio Grande do Sul, colocando os agricultores em alerta, ao mesmo tempo em que o excesso de chuva pode atrapalhar o trabalho de colheita nas áreas centrais do país, de acordo com os meteorologistas.
O dólar dos EUA subiu pela segunda sessão consecutiva na quarta-feira, após indicação de que o presidente eleito Donald Trump estava contemplando o uso de medidas de emergência para permitir um novo programa de tarifas.
Um dólar forte tende a tornar as exportações dos EUA menos atraentes para os detentores de outras moedas, pressionando futuros em Chicago.
Os contratos futuros de milho caíram na quarta-feira, com a previsão de chuvas na Argentina, um dos maiores produtores mundiais do grão, e os traders se posicionando antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), na sexta-feira.
O contrato março perdeu 4 centavos, a 4,54 dólares por bushel.
Os futuros do trigo caíram com o dólar em alta e a expectativa de alta nos estoques finais dos EUA, antes da divulgação de dados do USDA.
O contrato março do trigo vermelho soft de inverno fechou em queda de 6,25 centavos, a 5,3625 dólares o bushel.
(Reportagem de Renee Hickman)