Investing.com - O setor de siderurgia tem vivido uma lua de mel com o mercado. Agora, mais uma notícia deve contribuir para o bom humor dos investidores com as ações de empresa do setor. A Usiminas (SA:USIM5), depois de retomar duas plantas paradas de mineração, além da melhora nos seus preços, registrou em dezembro recorde histórico de vendas. As informações são da Coluna do Broad, publicada no site do Estadão.
No período, segundo a publicação, foram negociadas 800 mil toneladas do insumo. O recorde anterior havia sido registrado em outubro de 2013, com a marca de 744 mil toneladas. No final do ano passado, a siderúrgica mineira estimou que a Mineração Usiminas (Musa) vai operar, em 2018, em um ritmo de seis milhões de toneladas. Desse total, 3,5 milhões devem ser destinados para exportação e 2,5 milhões de toneladas, para uso próprio. Neste ano, o preço do minério de ferro já subiu cerca de 9%, para quase US$ 80 por tonelada.
No início do ano, a Usiminas reajustou o preço do fornecimento de aço para as montadoras. A informação, divulgada pela Coluna do Broadcast, não é oficial, mas a o reajuste deve ser de 23%, mesmo valor confirmado pela CSN (SA:CSNA3).
Apesar do aumento elevado, as siderúrgicas buscavam um valor ainda maior, de 25% segundo a publicação. Os contratos com as empresas do setor automotivo são anuais, com as negociações de preços acontecendo sempre no começo de cada período.
No fim de outubro, o diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, havia comentando que estava pretendendo obter reajuste de 25 a 30 por cento nos preços do aço vendido a montadoras em 2018.
“Vamos acompanhar a paridade internacional com um prêmio de 5 a 10 por cento. Em havendo movimentos de alta em 2018 vamos acompanhar aqui dentro essas oscilações", disse a fonte, acrescentando que os contratos com montadoras de veículos variam de 6 meses a um ano, enquanto com a indústria são trimestrais e semestrais.
A indústria brasileira de veículos, que é responsável por cerca de um terço da demanda das siderúrgicas do país, interrompeu em 2017 série de quatro anos de queda nas vendas, encerrando o ano com crescimento de 9 por cento. Para 2018, a expectativa do setor é de expansão na casa dos dois dígitos. Até o final de novembro, a produção do setor havia crescido 25,5 por cento, impulsionada pelo mercado interno e vendas ao exterior.
Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção de aços laminados planos de janeiro a novembro do ano passado subiu 12 por cento sobre o mesmo período de 2016, para 12,6 milhões de toneladas. Já a de aços longos, mais usados na construção civil, teve queda de 2,7 por cento, a 8 milhões de toneladas.
Com Reuters