OSLO (Reuters) - Os futuros termos de adesão do Reino Unido à Organização Mundial do Comércio (OMC) vão depender muito dos termos de separação entre União Europeia e Londres, disse nesta sexta-feira o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo.
O Reino Unido é membro da OMC, mas uma vez que deixa a UE a agenda de compromissos do bloco --uma lista de todas as suas tarifas, cotas e prerrogativas de subsídios-- não serão mais aplicáveis.
"Uma vez que eles (os britânicos) saírem, legalmente a agenda de compromissos da UE já não se aplica mais a eles... Os outros membros da OMC poderiam dizer: 'Eu não gosto disso. Devemos mudar isso ou aquilo'", disse Azevêdo em um seminário de negócios em Oslo.
"Muita coisa vai depender dos termos de separação nas negociações entre o Reino Unido e a UE. Isso pode ter um impacto positivo sobre a forma como os outros membros da OMC vêem isso ou não".
"Eu não acho que a economia global neste momento pode se dar ao luxo de mais turbulência. Quanto menos turbulência tivermos, melhor. Quanto mais rápido as relações comerciais forem estabelecidas entre Reino Unido, UE e outros membros da OMC, melhor."
(Por Gwladys Fouche e Stine Jacobsen)