Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrará em algo como uma cova dos leões quando visitar o elitista enclave de Davos na semana que vem e estiver lado a lado com alguns dos mesmos “globalistas” contra os quais ele pregou na sua vitoriosa campanha eleitoral de 2016.
Assessores disseram que alguns dos conselheiros de Trump argumentaram contra a sua ida ao Fórum Econômico Mundial, que reúne líderes políticos, presidentes de empresas e importantes banqueiros.
No final, contudo, segundo eles, Trump, o primeiro presidente em exercício dos EUA a comparecer ao fórum desde Bill Clinton em 2000, quis ir para chamar atenção para o crescimento da economia norte-americana e o ascendente mercado de ações.
Uma autoridade do governo afirmou que Trump deve levar ao fórum na Suíça uma mensagem mista. Ele deve fazer um discurso no evento e se encontrará com alguns líderes mundiais.
No discurso, Trump deve pedir que o mundo invista nos EUA para se aproveitar das suas políticas de desregulamentação e de corte de impostos, deve enfatizar a pauta “América Primeiro” e defender um comércio mais justo e recíproco, declarou a autoridade.
Na campanha de 2016, Trump culpou a globalização pelo fim de empregos industriais norte-americanos, à medida que as empresas buscavam reduzir custos trabalhistas realocando atividades para o México e outros locais.