Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que o Banco Mundial deve ser comandado pelo funcionário do Tesouro norte-americano David Malpass, nome leal ao presidente norte-americano e crítico de instituições multilaterais que prometeu promover reformas "pró-crescimento" na instituição global.
A indicação de Malpass, principal diplomata do Tesouro dos EUA, por Trump deverá ser votada pelo conselho executivo do Banco Mundial e pode gerar contestações dos 188 países acionistas da instituição.
Os Estados Unidos, principal acionista do banco com 16 por cento do poder de voto, tradicionalmente escolhe o presidente do banco, mas o comandante da instituição que está deixando o posto, Jim Yong Kim, enfrentou concorrentes da Colômbia e da Nigéria em 2012.
A indicação de Malpass sinaliza que o governo Trump quer maior controle sobre o Banco Mundial.
"Ele lutou para garantir que o financiamento esteja concentrado em lugares e projetos que realmente precisam de ajuda, incluindo pessoas vivendo na extrema pobreza", disse Trump ao anunciar sua escolha na Casa Branca ao lado de Malpass.
Atualmente subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais, Malpass criticou o Banco Mundial e outras instituições multilaterais por terem ficado maiores, mais "intrusivas" e "entricheiradas". Ele também critica o banco por continuar emprestando à China, país que ele vê como muito rico para receber tal ajuda.