Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia espera atingir as importações norte-americanas com tarifas adicionais a partir de julho, aumentando o conflito comercial depois que Washington impôs suas próprias tarifas sobre a entrada de aço e alumínio do bloco europeu.
Os membros da UE deram amplo apoio ao plano da Comissão Europeia de fixar 25 por cento de impostos em até 2,8 bilhões de euros em exportações dos EUA em resposta ao que é visto como ação ilegal dos EUA. As exportações do bloco que estão agora sujeitas às tarifas norte-americanas valem 6,4 bilhões de euros.
"A Comissão espera concluir o procedimento em coordenação com os Estados membros antes do final de junho para que as novas tarifas comecem a ser aplicadas em julho", disse o comissário Maros Sefcovic em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, depois que ele e outros comissários endossaram o plano para sobretaxar importações dos EUA.
Esse plano também inclui taxas entre 10 e 50 por cento sobre 3,6 bilhões de euros de importações dos EUA em março de 2021, ou potencialmente mais cedo, se a Organização Mundial do Comércio (OMC) decidir que as medidas norte-americanas são ilegais.
Os produtos dos EUA na lista incluem suco de laranja, bourbon, jeans, motocicletas e uma variedade de produtos siderúrgicos.
A União Europeia, o Canadá e o México responderam após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter encerrado na sexta-feira suas isenções tarifárias de 25 por cento para o aço e 10 por cento para o alumínio.
O Canadá anunciou que irá impor tarifas retaliatórias sobre 12,9 bilhões de dólares em exportações dos EUA a partir de 1º de julho. O governo mexicano também anunciou sobretaxas em produtos norte-americanos que variam de aço a suínos e bourbon na terça-feira.
(Por Philip Blenkinsop)