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Investing.com — A zona do euro enfrenta um risco crescente de recessão à medida que as tensões comerciais se intensificam e as perspectivas de crescimento enfraquecem, alertam analistas do Citi Research.
Em sua última previsão, o banco reduziu as projeções de crescimento do PIB da zona do euro para 2025 para 0,8%, abaixo dos 1% anteriores, e para 2026 para 0,6%, em comparação com a estimativa anterior de 1,3%.
A inflação também deve diminuir, com o Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC) agora previsto para uma média de 1,6% em 2026, 0,2 pontos percentuais abaixo da perspectiva de março do Citi.
A revisão para baixo segue o anúncio de novas tarifas dos EUA sobre produtos europeus, que o Citi espera que permaneçam em vigor.
Cerca de €310 bilhões de exportações — excluindo energia, produtos farmacêuticos e automóveis — estão agora sujeitos a uma tarifa de 20%.
Além disso, €42 bilhões em automóveis e peças enfrentam uma tarifa de 25%. O Citi estima que as exportações da zona do euro para os EUA possam cair até 50%, levando a uma queda de 4,5 pontos percentuais nas exportações totais e reduzindo 0,6 pontos percentuais do PIB.
Mas o impacto provavelmente se estenderá ainda mais. O Citi alerta que a natureza global das tarifas também afetará outros parceiros comerciais, reduzindo sua demanda por bens e serviços europeus.
A China, por exemplo, já revisou sua previsão de crescimento para 2025 para baixo em 0,5 pontos percentuais, para 4,2%.
Espera-se que as consequências mais amplas venham não apenas do comércio mais fraco, mas também do aumento da incerteza. Empresas em toda a Europa provavelmente atrasarão investimentos enquanto reavaliam seu ambiente operacional.
Isso, combinado com condições financeiras mais restritivas — como custos de empréstimos mais altos, spreads de crédito mais amplos e um euro mais forte — aumenta a pressão sobre o crescimento.
O Citi agora estima o impacto total no PIB em cerca de um ponto percentual, com a desaceleração esperada para se tornar visível a partir do segundo trimestre de 2025 e persistir por cinco a seis trimestres.
Durante esse período, prevê-se que o crescimento trimestral fique em torno de zero por três trimestres consecutivos.
À luz desses desenvolvimentos, o Citi espera que a política monetária precise ser ainda mais flexibilizada. Projeta-se que as taxas de juros caiam para território expansionista, eventualmente atingindo um piso de 1,5%.
Com o aumento dos riscos de baixa, o Citi alerta que qualquer escalada na volatilidade do mercado ou da política poderia desencadear uma crise de confiança mais ampla.
O último choque marca a terceira grande perturbação para a economia da zona do euro em menos de cinco anos, após a pandemia e a crise energética.
"A economia havia começado a se normalizar lentamente após o choque energético, mas agora enfrenta a perspectiva de voltar a uma recessão", afirmou o Citi.
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