Por Michael S. Derby
(Reuters) - O vice-chair do Federal Reserve, Phillip Jefferson, disse nesta segunda-feira que, em uma economia saudável, o banco central deveria manter a política monetária estável até que fique claro que a inflação está novamente se moderando em direção à meta de 2%.
O Fed está procurando evidências de que as pressões dos preços estão recuando depois que um rápido declínio no ano passado sofreu reveses no início deste ano, disse ele.
E até que esses dados cheguem, "acho que é apropriado manter a taxa de juros em território restritivo", disse Jefferson em uma conferência sobre comunicação do banco central realizada pelo Federal Reserve de Cleveland.
A economia está "em uma posição sólida em termos de empregos que ainda estão sendo criados, o crescimento ainda está ocorrendo", disse Jefferson. Mas, ao mesmo tempo, "o declínio da inflação foi atenuado no primeiro trimestre deste ano e isso, para mim, é uma fonte de preocupação".
O segundo no comando do Fed observou que o essa situação geralmente saudável da economia permite que ele se concentre no trabalho que precisa ser feito para reduzir as pressões dos preços.
Os comentários de Jefferson nesta segunda-feira foram os primeiros desde a mais recente reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central. Em 1º de maio, o Fomc manteve a meta para a taxa de juros do banco central, conforme esperado, enquanto os banqueiros centrais continuam a procurar evidências de que as pressões inflacionárias persistentes observadas no início do ano estão novamente diminuindo. A taxa de juros do Fed permanece entre 5,25% e 5,5% desde julho passado.
De modo geral, as autoridades do Fed ainda acreditam que poderão reduzir a taxa de juros, desde que as pressões inflacionárias comecem novamente a se enfraquecer em direção à meta de 2%.
Porém, algumas autoridades questionaram nos últimos dias se a política monetária está em um nível restritivo o suficiente para que a inflação volte a se aproximar da meta, embora essas autoridades não tenham dito que o Fed precisa aumentar os juros novamente.