SÃO PAULO (Reuters) - A produção de soja do Brasil em 2024 foi estimada nesta segunda-feira em 156,1 milhões de toneladas, redução de pouco mais de 4 milhões de toneladas na comparação com a previsão anterior, divulgada em dezembro, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
O corte indica os efeitos do calor e das chuvas insuficientes para algumas regiões produtoras, como as lavouras de Mato Grosso.
Com isso, a previsão da associação das tradings e processadoras de soja não indica mais a possibilidade de um recorde produtivo e aponta uma queda de 1,6% na safra na comparação com a temporada anterior no país, maior produtor e exportador global da oleaginosa.
A projeção também indica uma queda de 8,6 milhões de toneladas na comparação com a primeira previsão divulgada pela Abiove, em outubro, quando a associação havia projetado uma colheita de 164,7 milhões de toneladas, antes dos efeitos do clima adverso.
A Abiove se mostra mais otimista em relação a levantamentos divulgados recentemente por consultorias privadas, que indicam 150,35 milhões de toneladas, no caso da previsão da StoneX, e 148,55 milhões de toneladas, conforme a Datagro.
Ao reduzir a projeção de safra, a Abiove também cortou a exportação de soja do Brasil em 2024 para 98,1 milhões de toneladas, ante 99,3 milhões de toneladas na previsão anterior.
Agora a entidade vê recuo de 3,7% na exportação ante o recorde do ano passado.
O processamento de soja no país em 2024 foi estimado em 54,5 milhões de toneladas, estável ante a previsão anterior, versus 53,7 milhões em 2023.
Os estoques finais de soja do país em 2024 foram reduzidos para 5,685 milhões de toneladas, ante 9,27 milhões na previsão anterior, versus 4,3 milhões em 2023.
(Por Roberto Samora)