Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em manifestação sobre pedido feito por partidos políticos de apreensão do telefone celular do presidente Jair Bolsonaro que não cabe a siglas partidárias pedirem diligências no âmbito de inquéritos, informou a Procuradoria-Geral da República nesta quinta-feira.
Na manifestação enviada ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro buscou interferir politicamente na Polícia Federal, Aras também disse que os fatos colocados pelos partidos na notícia-crime enviada ao ministro já constam do inquérito.
Segundo a PGR, Aras não se manifestou no mérito da questão.
Na semana passada, Celso de Mello enviou à PGR três notícias-crimes apresentadas por parlamentares e partidos políticos que pediam medidas no inquérito, incluindo o depoimento do presidente e a apreensão do seu celular e do de seu filho Carlos.
O pedido de apreensão do celular do presidente provocou forte reação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que disse em nota que a medida teria consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional.
Bolsonaro, por sua vez, criticou Celso de Mello pelo episódio e disse que jamais entregaria seu telefone celular.augus