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Bancos dos EUA podem ser atingidos por mudanças em ativos vinculados à Rússia

Publicado 23.03.2022, 11:31
Atualizado 23.03.2022, 15:30
© Reuters. Placas com logotipos da JP Morgan Chase Bank, Citibank e Wells Fargo & Co 
Arquivos Reuters/REUTERS

Por David Henry

NOVA YORK (Reuters) - Alterações nos preços de ativos após a invasão da Ucrânia pela Rússia podem atingir os resultados de bancos dos Estados Unidos dependendo do que acontecer antes do final do mês e de como os mercados reagirão a isso, afirmam analistas.

Perdas com negociação de ativos, provisões para perdas esperadas com crédito, baixas contábeis de ativos e encargos com fechamento de negócios podem prejudicar o desempenho de um trimestre considerado até então como equilibrado. Isso porque as instituições financeiras devem se beneficiar de juros maiores e expansão de carteira de crédito apesar da torrente de receitas recebidas pela área de bancos de investimentos perder força.

Grandes bancos podem registrar impactos não recorrentes que totalizam 5 bilhões de dólares, ou o dobro disso, ou até mesmo nenhum impacto, disse Gerard Cassidy, analista da RBC Capital Markets.

"Não dá realmente para dizer porque os mercados estão tão voláteis e se movimentando dependendo do que acontece com os riscos geopolíticos", acrescentou.

A volatilidade dos mercados tem sido negativa para os negociadores de títulos, com os preços saltando ou despencando em vez de se moverem de maneira controlada como acontece quando a expectativa sobre as taxas de juros é de alta ou queda, afirmam analistas.

"As próximas duas semanas podem ser as definitivas para os resultados do curto prazo", disse Jason Goldberg, analista do Barclays (LON:BARC).

Os grandes bancos dos Estados Unidos começam a divulgar seus resultados trimestrais em 13 de abril.

Goldberg citou comentários feitos pelo diretor de mercados do JPMorgan (NYSE:JPM) em 8 de março, quando afirmou que a receita trimestral ficou imprevisível por causa de "significativo risco de contrapartes" e diante de uma situação em que "muitos clientes" estão sob estresse extremo, particularmente os que negociam commodities.

Estes riscos foram mencionados pela Standard & Poor's na sexta-feira, em um relatório que alerta sobre os potenciais impactos da guerra. A S&P também alertou sobre novos problemas operacionais no cumprimento de sanções e risco ampliado de ataques digitais.

Até agora, o Citigroup (NYSE:C) se destaca como o que pode trazer o impacto mais significativo. Além das exposições de mercado, a área de banco de varejo na Rússia pode sofrer prejuízos.

O Citigroup informou em 2 de março que em um "cenário de estresse severo" poderá estar exposto a quase 5 bilhões de dólares em perdas relacionadas a seus negócios na Rússia.

O banco tem excesso de capital suficiente para lidar com isso sem sofrer danos sérios, afirmam analistas. Mas um impacto poderá reduzir a velocidade de recompras de ações, uma parte importante do plano da presidente-executiva, Jane Fraser, para ampliar a valorização do banco no mercado.

© Reuters. Placas com logotipos da JP Morgan Chase Bank, Citibank e Wells Fargo & Co 
Arquivos Reuters/REUTERS

As ações do Citigroup estão sendo negociadas abaixo do valor líquido da companhia e uma recompra traria melhora nos preços dos papeis.

Analistas esperam que o Citi tenha lucro de 13,7 bilhões de dólares este ano, segundo dados da Refinitiv, então o Citigroup ainda será lucrativo mesmo com um eventual impacto de 5 bilhões de dólares.

Poucos analistas atualizaram suas estimativas para o Citigroup desde 4 de março. Muitos estão aguardando o final do trimestre para publicarem suas estimativas para os grandes bancos norte-americanos.

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